OBJETIVOS: identificar os fatores que interferem na percepção de segurança materna no pós-parto.
MÉTODOS: estudo transversal, realizado em três unidades hospitalares portuguesas, com uma amostra não probabilística de 352 puérperas recrutadas nos serviços de internamento, no dia da alta hospitalar após o parto. As caraterísticas sociodemográficas e obstétricas maternas, assim como os dados relativos aos cuidados pré-natais, ao parto e ao tipo de aleitamento, foram recolhidos através da aplicação de um questionário desenvolvido pelas investigadoras. Para a análise da percepção de segurança materna foi usado o instrumento "Parents' Postnatal Sense of Security" (PPSS). Foi utilizada estatística descritiva e inferencial para a análise de dados.
RESULTADOS: as mulheres que viviam com o companheiro [t (349) = - 2,34, p=0,020], as multíparas (t (349) = - 2,26, p=0,025), as que vigiaram a gravidez [t (349) = -3,25, p=0,001], as que tiveram uma experiência de parto positiva [F (1, 351) = 7,07, p=0,008] e as que amamentaram em exclusivo durante o internamento [F (2, 351) = 11,43, p<0,001], apresentaram maior percepção de segurança no pós-parto.
CONCLUSÕES: os fatores que interferem na percepção de segurança materna no pós-parto são a coabitação com o companheiro, a paridade, a vigilância da gravidez, a experiência de parto e o tipo de aleitamento. Determinar os fatores que interferem com a segurança materna no pós-parto pode contribuir para a construção de programas de intervenção promotores da percepção de segurança materna no momento da alta hospitalar após o parto.
Palavras-chave: Parentalidade, Período pós-parto, Mães, Enfermeiras obstétricas, Percepção de segurança