OBJETIVOS: analisar a incidência de prematuridade em usuárias de uma operadora de planos de saúde; analisar os fatores de risco associados.
MÉTODOS: estudo retrospectivo, realizado em cinco maternidades com puérperas usuárias de planos de saúde por meio de entrevistas telefônicas guiadas por questionário semiestruturado. As variáveis estudadas foram relativas às condições sociodemográficas, clínicas e de desfecho. Realizou-se análise uni e multivariada com regressão logística Backward.
RESULTADOS: foram avaliadas 1193 participantes e identificados 116 nascimentos prematuros. Verificou-se que prematuro prévio (p<0,001; OR=4,596; IC95%=2,544-8,305), oligodrâmnio (p=0,019; OR=2,697; IC95%=1,140-6,380), diabetes mellitus anterior a gestação (p<0,001; OR=4,897; IC95%=2,147-11,169), gestação de gemelares (p<0,001; OR=7,115; IC95%=3,578-14,148), doença autoimune (p<0,001; OR=3,799; C95%=1,987-7,260), estresse durante a gestação (p=0,026; OR=1,568; IC95%=1,053-2,335), infecção urinária (p=0,008; OR=1,825; IC95%=1,161-2,867), placenta prévia (p=0,001; OR=3,180; IC95%=1,517-6,667), pré-eclâmpsia (p<0,001; OR=4,833; IC95%=2,860-8,169), sangramento gestacional (p=0,001; OR=2,185; IC95%=1,340-3,564), intervalo entre gestações menor que seis meses (p=0,001; OR=3,502; IC95%=1,594-7,698), gestação proveniente de fertilização in vitro (p<0,001; OR=2,874; IC95%=1,466-5,637) foram estatisticamente relevantes como fatores de risco para prematuridade.
CONCLUSÃO: o conhecimento desses fatores pode ser importante na elaboração de estratégias para melhorar a assistência ofertada às gestantes por operadoras de planos de saúde.
Palavras-chave: Prematuridade, Gestante de risco, Fatores de risco, Seguro saúde