OBJETIVOS: avaliar a segunda etapa do Método Canguru (MC) e a sua integração com a terceira etapa em maternidades do Recife no contexto da pandemia de coronavírus.
MÉTODOS: avaliação normativa realizada na Unidade de Cuidados Intermediários Neonatais Canguru (UCINCa) em duas maternidades públicas de referência para o MC entre novembro/2021 e maio/2022. Elaborou-se o modelo lógico e a matriz de indicadores do MC, validada através do Método Delphi. Realizaram-se entrevistas semiestruturadas com profissionais da equipe das UCINCa e a coordenação municipal de saúde da criança. Considerou-se implantado quando os critérios alcançaram (de 100,0 a 80,0%); parcialmente implantado (79,9 a 60,0%); incipiente (59,9 a 40,0%) e não implantado (<ou=39,9%).
RESULTADOS: o MC estava parcialmente implantado nas duas UCINCa (79,0% ambas). A dimensão Estrutura encontrava-se implantada (84,0 e 97,0%) e a de Processo, nos componentes Educação (70,0% ambas) e Gestão encontravam-se parcialmente implantados (61,0% e 78,0%), embora as unidades afirmem não compartilhar os objetivos clínicos, exames e tratamentos e não ter um sistema de referência/contrarreferência efetivo. Ao passo que o componente Assistencial estava implantado em uma unidade (90,0%) e parcialmente implantado na outra (75,0%).
CONCLUSÃO: a UCINCa encontrava-se parcialmente implantada durante a pandemia de coronavírus nas duas maternidades de referências, mas com obstáculos para a integração com a terceira etapa do método.
Palavras-chave: Nascimento prematuro, Método canguru, Covid-19, Avaliação em saúde, Avaliação de processos em cuidados de saúde