OBJETIVOS: investigar a associação do estado nutricional com deficiência de iodo urinário em gestantes atendidas em Unidades Básicas de Saúde do município de São Luís – MA.
MÉTODOS: estudo transversal, realizado com 261 gestantes. Foram coletadas amostras de urina para análise de determinação do iodo urinário, considerou-se deficiência o valor <150 µg/L e adequado, valor ≥150 µg/L. Foram aferidas as medidas de peso e altura no momento da coleta e investigação do peso pré-gestacional para cálculo do IMC. As variáveis contínuas foram expressas em média, desvio padrão, mediana, percentil 25 e 75 e as categóricas em frequência simples e relativa e em percentual. Análises multivariadas investigaram associação entre IMC pré-gestacional e atual e UIC (Concentração urinária de iodo).
RESULTADOS: a média do IMC pré-gestacional foi 24,3 ± 4,5 kg/m
2 e do IMC atual 27,2 ± 6,5 kg/m
2. A mediana de concentração de iodo urinário foi de 181,3 µ/L (113,2-271,7) e 40,6% da amostra possuía deficiência de iodo. O aumento no IMC pré-gestacional e atual foi associado à redução da prevalência de deficiência de iodo em gestantes (RP = 0,94; (IC95% = 0,88; 0,99) e RP = 0,95; (IC95% = 0,88 – 0,99), respectivamente).
CONCLUSÃO: o IMC elevado está positivamente associado à UIC e proporciona redução na prevalência de deficiência de iodo em gestantes.
Palavras-chave: Deficiência de iodo, Estado nutricional, Gestantes, Sobrepeso, Alimentos ultraprocessados