OBJETIVOS: avaliar a influência do tipo de parto no contato pele a pele e na amamentação na primeira hora de vida em maternidades públicas de Manaus, Amazonas, Brasil.
MÉTODOS: estudo transversal com 443 puérperas de oito maternidades públicas de Manaus (agosto/2023 a janeiro/2024). Dados coletados via questionário validado e analisados por regressão logística no Stata
® 18.0, com ajuste para variáveis sociodemográficas, pré-natais e perinatais. Foram estimadas razões de odds brutas e ajustadas, intervalos de confiança de 95% e valores de p.
RESULTADOS: o parto vaginal associou-se a maior probabilidade de amamentação na primeira hora de vida (razão de chances ajustada= 2,05; IC95%= 1,19–3,54; p=0,010) e de contato pele a pele (razão de chances ajustada=1,96; IC95%= 1,15–3,34; p=0,013). Cada semana adicional de idade gestacional aumentou em 40% a chance de amamentação na primeira hora de vida. Intercorrências neonatais e uso de analgesia reduziram significativamente as chances de ambos os desfechos.
CONCLUSÕES: o parto vaginal favorece o contato pele a pele e a amamentação na primeira hora de vida, reforçando a necessidade de políticas que padronizam práticas humanizadas, especialmente após cesárea, para equidade no cuidado neonatal.
Palavras-chave: Parto, Aleitamento materno, Cesárea, Parto vaginal