OBJETIVOS: analisar as trajetórias de velocidade de crescimento segundo a prática de aleitamento materno exclusivo em recém-nascidos prematuros e de baixo peso acompanhados pelo Método Canguru.
MÉTODOS: estudo longitudinal com 152 recém-nascidos acompanhados em duas maternidades públicas de Fortaleza/Ceará, entre outubro de 2016 e outubro de 2017. A variável de exposição foi o aleitamento materno exclusivo na alta do Método Canguru. Velocidades de ganho de peso (g/kg/dia), comprimento (cm/dia) e perímetro cefálico (cm/dia) foram estimadas a partir de medidas antropométricas repetidas, utilizando modelos lineares mistos com splines cúbicas restritas, ajustados para características neonatais e maternas.
RESULTADOS: do total, 51,3% eram do sexo feminino, com peso médio ao nascer de 1.743 g (±43,8) e idade gestacional de 32,7 semanas (±2,1). Às 37 semanas, os lactentes em aleitamento materno exclusivo apresentaram maior velocidade de ganho de peso (11,8 g/kg/dia; IC95%= 10,7–12,9) em comparação aos não exclusivamente amamentados (8,4 g/kg/dia; IC95%=6,4–10,5; p<0,05). Não foram identificadas diferenças estatisticamente significativas nas trajetórias de comprimento e perímetro cefálico entre os grupos de aleitamento.
CONCLUSÃO: o aleitamento materno exclusivo até a alta do Método Canguru foi associado a maior velocidade de ganho de peso às 37 semanas de vida, reforçando a relevância da amamentação na promoção do crescimento saudável de recém-nascidos prematuros e de baixo peso.
Palavras-chave: Aleitamento materno exclusivo, Crescimento, Recém-nascido prematuro, Recém-nascido de baixo-peso, Método canguru