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Qualis Capes Quadriênio 2017-2020 - B1 em medicina I, II e III, saúde coletiva
Versão on-line ISSN: 1806-9804
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Ecocardiografia com speckle tracking na avaliação cardíaca de gestantes com pré-eclâmpsia: uma revisão de escopo

Elisabeth Dias Winter Salimena1; Anabelle Dias Winter Salimena2; Augusto Monteiro de Castro Xavier de Carvalho3; Theresa Laurenti Gheller4; Erik de Abreu Laufer5; Renato Augusto Moreira de Sá6

DOI: 10.1590/1806-9304202520240267 e20240267

RESUMO

OBJETIVOS: mapear as evidências científicas sobre o uso do ecocardiograma com Strain pela técnica Speckle Tracking em gestantes com pré-eclâmpsia, comparando-as com gestantes normotensas.
MÉTODOS: trata-se de uma revisão de escopo conduzida de acordo com as diretrizes PRISMA-ScR (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses Extension for Scoping Reviews) e seguindo a metodologia do Instituto Joanna Briggs. O protocolo foi registrado na Open Science Framework. Foram pesquisadas as bases PubMed, Embase, Web of Science, BVS e Cochrane Database of Systematic Reviews, além de literatura cinzenta no Google Acadêmico. Dois revisores independentes selecionaram artigos com base em critérios de inclusão, resultando em 12 estudos incluídos.
RESULTADOS: os estudos analisados totalizaram 951 gestantes (473 com PE e 478 controles). A maioria relatou valores de Global Longitudinal Strain menos negativos em gestantes com pré-eclâmpsia (média de -17%) em comparação às normotensas (média de -20%), sugerindo disfunção cardíaca subclínica associada à PE.
CONCLUSÃO: os achados indicam que o Speckle Tracking pode detectar precocemente alterações miocárdicas em gestantes com pré-eclâmpsia, antes mesmo de uma redução na fração de ejeção. Esses resultados reforçam a importância de pesquisas adicionais que avaliem a inclusão sistemática do Speckle Tracking no acompanhamento pré-natal de alto risco, visando à promoção da saúde cardiovascular materna.

Palavras-chave: Pré-eclâmpsia, Global longitudinal strain, Ecocardiografia

ABSTRACT

OBJECTIVES: to map existing scientific evidence on the use of echocardiography with the Speckle Tracking (STE) technique in pregnant women with preeclampsia (PE), compared to normotensive pregnant women.
METHODS: this scoping review was conducted following the PRISMA-ScR (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses Extension for Scoping Reviews) guidelines and the Joanna Briggs Institute methodology. The research protocol was registered in the Open Science Framework. Searches were performed in PubMed, Embase, Web of Science, BVS, and the Cochrane Database of Systematic Reviews, as well as in the gray literature via Google Scholar. Two independent reviewers selected the articles based on inclusion criteria, resulting in 12 studies.
RESULTS: in total, the studies analyzed included 951 pregnant women (473 with PE and 478 controls). Most studies reported less negative Global Longitudinal Strain (GLS) values in women with PE (mean of -17%) compared to normotensive controls (mean of -20%), suggesting subclinical cardiac dysfunction in the PE group.
CONCLUSION: these findings highlight the potential of STE to detect early myocardial changes in preeclampsia, even before a reduction in the left ventricular ejection fraction. Further research is needed to explore the systematic use of STE in high-risk prenatal care to promote maternal cardiovascular health.

Keywords: Preeclampsia, Global longitudinal strain, Echocardiography

Introdução

Os distúrbios hipertensivos da gravidez (DHG) representam um importante fator de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares (DCV) a longo prazo,1 sendo a gestação uma janela de oportunidade para avaliar a saúde cardíaca materna. A sobrecarga fisiológica imposta ao sistema cardiovascular durante a gravidez permite identificar precocemente alterações cardíacas, especialmente na presença de condições hipertensivas.1

Dentre os DHG, a pré-eclâmpsia (PE) exerce o impacto mais significativo no sistema cardiovascular, aumentando substancialmente a incidência de DCV em gestações complicadas por PE em comparação com aquelas marcadas por hipertensão gestacional (HG) ou hipertensão crônica (HC), conforme documentado em recentes revisões sistemáticas e metanálises.1-4 Em uma gravidez normotensa, adaptações fisiológicas como a vasodilatação, redução da resistência vascular sistêmica e aumento da frequência cardíaca e débito cardíaco são esperadas,5 como visto na Figura 1. Já na pré-eclâmpsia, observa-se um perfil hemodinâmico alterado, com incapacidade de elevar o débito cardíaco e falha em induzir a diminuição natural da resistência vascular,5-7 especialmente nos casos de início precoce (diagnosticados antes das 34 semanas de gestação).
 



Uma recente revisão integrativa sobre a prevalência de pré-eclâmpsia no Brasil incluindo 52.986 mulheres evidenciou que a frequência de pré-eclâmpsia variou de 1,7% a 6,2%, este resultado foi similar à de estudos internacionais, entretanto, ao longo dos últimos anos, possivelmente como reflexo da adoção de novos critérios diagnósticos, estes valores vêm aumentando no país.8

Embora o ecocardiograma bidimensional seja amplamente utilizado para avaliar a função cardíaca por meio da fração de ejeção do ventrículo esquerdo, pacientes mais jovens como gestantes, especialmente aquelas com PE, podem apresentar alterações cardíacas subclínicas e até insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada. Nesse contexto, uma técnica inovadora, o Speckle Tracking Echocardiography (STE), permite detectar disfunções do ventrículo esquerdo antes da redução da fração de ejeção, através da análise da deformação miocárdica, ou Global Longitudinal Strain (GLS). A Figura 2 ilustra o mapa "Bulls eye" de GLS de uma gestante com pré-eclâmpsia.9
 



Assim, o objetivo desta revisão de escopo é mapear e sintetizar os resultados dos estudos que avaliaram gestantes com pré-eclâmpsia por meio do STE, comparando-os aos de gestantes normotensas.

Métodos

Trata-se de uma revisão de escopo da literatura conduzida de acordo com as diretrizes PRISMA-ScR (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses Extension for Scoping Reviews) e seguindo as orientações metodológicas do Instituto Joanna Briggs. A pesquisa foi realizada entre abril e 31 de agosto de 2024, abrangendo as bases de dados Medline, Embase, Web of Science, BVS e Cochrane Database of Systematic Reviews, além da literatura cinzenta acessada pelo Google Acadêmico, sem restrições de ano de publicação ou idioma.

Para estruturar a questão de pesquisa, foi adotada a estratégia PCC (População/Conceito/Contexto), com os seguintes critérios: População = (Gestantes diagnosticadas com pré-eclâmpsia), Conceito = (Avaliação da função cardíaca utilizando a medida de deformação longitudinal global (GLS) por ecocardiografia com rastreamento de speckle (STE)), e Contexto = (Estudos clínicos realizados em hospitais, clínicas de pré-natal e maternidades). Assim, a questão norteadora formulada foi: "Quais são as evidências científicas sobre a função cardíaca de gestantes com pré-eclâmpsia avaliadas com STE em comparação a gestantes normotensas?"

A estratégia de busca foi estruturada com o auxílio de um bibliotecário especializado, utilizando uma combinação de termos livres e descritores padronizados (MeSH, Emtree). Os termos de busca incluíram Preeclampsia AND ("Global Longitudinal Strain" OR "Speckle Tracking"). Essa estratégia resultou na recuperação de 49 artigos na base PubMed até a data de 31/08/2024.

O processo de seleção dos estudos foi realizado em duas etapas: inicialmente, por meio da leitura dos títulos e resumos, seguida pela análise dos textos completos. Esta triagem foi conduzida de forma independente por dois autores, que, após o processo, conferiram os resultados para garantir consistência. O software Rayyan foi utilizado para facilitar a organização e revisão dos artigos, auxiliando na identificação de duplicatas e na categorização dos estudos. Eventuais discordâncias na seleção foram discutidas até o consenso entre os revisores.

Foram incluídos todos os estudos que comparavam gestantes com pré-eclâmpsia a um grupo controle de gestantes normotensas que utilizavam a técnica STE para avaliação da função cardíaca, sem restrições de ano de publicação ou idioma e elaborado o fluxograma PRISMA-ScR 2020 (Figura 3). Foram excluídos estudos que envolviam outros distúrbios hipertensivos gestacionais (DHG), como hipertensão crônica ou gestacional, gestantes com cardiopatia pré-existente ou que não incluíssem um grupo controle de gestantes normotensas.
 



Resultados

Foram incluídos 12 estudos, como visto na Figura 3, que atenderam aos critérios de inclusão estabelecidos, com uma distribuição geográfica diversificada. Dos estudos selecionados, cinco foram realizados na América (quatro nos Estados Unidos e um no Brasil), cinco na Ásia (dois na China, um no Irã, um na Turquia e um na Índia) e dois na Europa (um no Reino Unido e um na Romênia), demonstrando a relevância global da pré-eclâmpsia, mesmo sem a inclusão de estudos da Oceania.

A Tabela 1 apresenta as características e variáveis dos estudos, incluindo o ano de publicação, país de origem, desenho metodológico, tamanho das amostras de caso e controle, média da idade gestacional, valores de GLS do A Tabela 1 apresenta as características e variáveis dos estudos, incluindo o ano de publicação, país de origem, desenho metodológico, tamanho das amostras de caso e controle, média da idade gestacional, valores de GLS do ventrículo esquerdo, critérios de exclusão e software de ecocardiograma utilizado. Essa distribuição detalhada permitiu uma síntese estruturada dos dados coletados e a discussão dos achados.HHH
 



A amostra total dos 12 estudos incluídos foi de 951 gestantes, das quais 473 pertenciam ao grupo com pré-eclâmpsia e 478 ao grupo controle de gestantes normotensas. A média da idade gestacional no grupo com pré-eclâmpsia foi de 33,28 ± 3,82 semanas, enquanto no grupo controle foi de 32,69 ± 3,44 semanas.

Quanto ao valor médio de GLS do ventrículo esquerdo (GLS-VE), foi observada uma tendência de valores menos negativos no grupo com pré-eclâmpsia (-17,34% ± 2,80), em comparação ao grupo controle (-20,14% ± 2,61). Esses dados sugerem disfunção subclínica associada à PE, porém não foi realizado tratamento estatístico conjunto (meta-análise).

De acordo com os parâmetros da maioria dos softwares utilizados, valores de GLS-VE abaixo de -18% (por exemplo, -17% ou valores mais próximos de zero) indicam disfunção cardíaca subclínica,10 sugerindo que as gestantes com pré-eclâmpsia apresentam um comprometimento subclínico da função cardíaca em relação às normotensas.

Esse achado reforça a importância do uso do ecocardiograma com técnica de speckle tracking (STE) para a avaliação precoce da função cardíaca em gestantes com pré-eclâmpsia, permitindo a identificação de alterações que poderiam passar despercebidas em exames convencionais.

Discussão

O principal achado deste estudo é a observação de valores reduzidos do GLS via STE em gestantes com pré-eclâmpsia em comparação com gestantes normotensas, com idade materna e gestacional semelhantes, indicando que a pré-eclâmpsia pode afetar negativamente a função cardíaca, mesmo antes de sintomas clínicos de insuficiência cardíaca se manifestarem.

Estes achados estão em concordância com estudos anteriores que demonstraram alterações na mecânica cardíaca de gestantes com distúrbios hipertensivos quando avaliadas com STE,4 por exemplo, Mostafavi et al.11 também relataram valores médios de GLS reduzidos em gestantes com PE em comparação às saudáveis, enquanto Paudel et al.12 encontraram diferença semelhante de aproximadamente 3 unidades percentuais e em todos os 12 estudos apontaram para a redução do Strain miocárdico na PE, o que sugere fortemente disfunção miocárdica associada ao quadro de hipertensão gestacional.11-14

A Sociedade Internacional para o Estudo da Hipertensão na Gravidez recomenda que toda gestante hipertensa tenha a oportunidade de participar de pesquisas e estudos de acompanhamento, reforçando a importância de se explorar métodos diagnósticos que possam beneficiar essas pacientes.15 No entanto, ainda há uma lacuna considerável na literatura quanto a indicação do STE em protocolos e recomendações, limitando o acesso a esta tecnologia. A inclusão do ecocardiograma com speckle tracking no acompanhamento pré-natal de gestantes com pré-eclâmpsia poderia permitir o diagnóstico precoce de disfunção cardíaca subclínica, oferecendo mais segurança e assertividade nas condutas da equipe multidisciplinar que acompanha essas gestações de alto risco.15-17

Limitações

A ausência de padronização entre os diferentes softwares de ecocardiograma utilizados representa um desafio para a aplicação do GLS em larga escala, uma vez que a variabilidade entre algoritmos limita a comparabilidade e a generalização dos resultados. Além disso, fatores clínicos como idade gestacional no momento do exame, nível pressórico, índice de massa corporal e uso de medicações anti-hipertensivas também podem influenciar os valores do GLS. Nem todos os estudos incluídos nesta revisão relataram essas variáveis de forma padronizada, o que compromete a homogeneidade dos achados.

Dessa forma, embora esta revisão reforce a utilidade do STE na pré-eclâmpsia, evidencia-se a necessidade de estudos multicêntricos que promovam a padronização técnica e metodológica, validem sua aplicação em diferentes contextos geográficos e socioeconômicos e estabeleçam diretrizes práticas para sua incorporação no acompanhamento pré-natal de alto risco.

Este trabalho visa divulgar e ampliar o uso deste método diagnóstico, auxiliando no manejo do pré-natal, no planejamento do momento do parto, e na detecção precoce de alterações cardíacas que podem melhorar o desfecho materno-fetal e a sobrevida dessas mulheres.

Considerações finais

Esta revisão de escopo identificou uma tendência de valores de GLS menos negativos em gestantes com pré-eclâmpsia, sugerindo disfunção miocárdica subclínica em comparação às normotensas. Embora os achados reforcem a importância do STE como técnica sensível para detecção precoce de alterações cardíacas, não foram realizadas análises estatísticas integradas, o que limita a força das evidências e aponta para a necessidade de novas pesquisas.

O uso sistemático do STE apresenta potencial para otimizar o manejo do pré-natal de alto risco, apoiar a definição do momento oportuno do parto e contribuir para a detecção precoce de alterações cardíacas que podem melhorar os desfechos maternos e fetais. Contudo, estudos multicêntricos adicionais são fundamentais para padronizar a técnica, confirmar sua acurácia em diferentes contextos e avaliar se a implementação rotineira desse exame pode, de fato, impactar positivamente na saúde cardiovascular materna.18-20

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Contribuição dos autores
Salimena EDW: Concepção; Investigação; Metodologia; Redação – Rascunho Original; Redação – Revisão e Edição.
Salimena ADW, Laufer EA e Gheller TL: Curadoria de Dados; Análise Formal; Software.
Carvalho AMCX: Visualização; Redação – Revisão e Edição. De Sá RAM: Supervisão.
Todos os autores aprovaram a versão final do artigo e declararam não haver conflito de interesse

Disponibilidade de Dados
Todo o conjunto de dados que dá suporte aos resultados deste estudo foi publicado no próprio artigo e registrado no Open Science Framework (OSF) com o objetivo de manter a transparência e facilitar o acesso aos dados para outros pesquisadores (https://doi.org/10.17605/OSF.IO/H7VQR).

Recebido em 15 de Novembro de 2024
Versão final apresentada em 22 de Setembro de 2025
Aprovado em 23 de Setembro de 2025

Editor Associado: Karla Bomfim

 



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