Publicação Contínua
Qualis Capes Quadriênio 2017-2020 - B1 em medicina I, II e III, saúde coletiva
Versão on-line ISSN: 1806-9804
Versão impressa ISSN: 1519-3829

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Puerpério: estudo de diretrizes para Atenção Primária à Saúde

Eliane Gomes dos Santos1; Daphne Rattner2

DOI: 10.1590/1806-9304202500000063 e20240063

RESUMO

OBJETIVOS: identificar as convergências e as divergências entre as recomendações da Organização Mundial da Saúde e as do Ministério da Saúde para a assistência no puerpério na Atenção Primária à Saúde.
MÉTODOS: pesquisa documental descritiva com utilização de documentos institucionais disponíveis eletronicamente, realizada mediante leitura comparativa das recomendações da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde entre os anos de 2022-2024. Comparou-se 38 das 63 recomendações da Organização Mundial da Saúde, excluindo-se as de âmbito hospitalar, gestão central e aquelas muito semelhantes.
RESULTADOS: identificaram-se recomendações convergentes: triagem ocular universal, triagem auditiva neonatal universal e vacinação neonatal de rotina; recomendações parcialmente convergentes: conduta referente ao ingurgitamento mamário, orientação quanto às atividades físicas e suplementação de vitamina D para crianças; e recomendações divergentes: treinamento rotineiro muscular do assoalho pélvico, uso de instrumento validado para triagem de depressão e ansiedade no pós-parto, suplementação de vitamina A no pós-parto e momento adequado para o primeiro banho do recém-nascido.
CONCLUSÃO: entre as recomendações estudadas, 31,6% foram convergentes, 36,8% parcialmente convergentes e 31,6% divergentes. As recomendações parcialmente convergentes e as divergentes somaram 68,4% sinalizando a necessidade de sua revisão pelo Ministério da Saúde.

Palavras-chave: Organização Mundial da Saúde, Atenção primária à saúde, Período pós-parto, Recém-nascido, Protocolos

ABSTRACT

OBJECTIVES: to identify convergences and divergences between the recommendations of the World Health Organization and those of the Ministry of Health for postpartum care in Primary Health Care.
METHODS: descriptive documentary research using institutional documents available electronically carried out through a comparative reading of the recommendations of the World Health Organization and the Ministry of Health between the years 2022-2024; 38 of the 63 recommendations of the World Health Organization were compared, excluding those at the hospital level, central management and those very similar.
RESULTS: convergent recommendations were identified: universal eye screening, universal neonatal hearing screening and routine neonatal vaccination; partially convergent recommendations: management regarding breast engorgement, guidance on physical activities and vitamin D supplementation for children; and divergent recommendations: routine pelvic floor muscle training, use of a validated instrument for the screening for depression and anxiety in the postpartum period, vitamin A supplementation in the postpartum period and appropriate time for the newborn's first bath.
CONCLUSION: among the recommendations studied, 31.6% were convergent, 36.8% were partially convergent and 31.6% divergent. The partially convergent and divergent recommendations totaled 68.4%, indicating the need for their revision by the Ministry of Health.

Keywords: World Health Organization, Primary health care, Postpartum period, Newborn, Guidelines as topic

Introdução
A Atenção Primária à Saúde (APS) tem como eixo estruturante a Estratégia Saúde da Família (ESF), que atua no pré-natal e no puerpério, na assistência à gestante, à mãe, ao bebê, ao pai/companheiro e à família.1 Nesse modelo temos a equipe de Saúde da Família (eSF) composta por agentes comunitários de saúde (ACS), técnico de enfermagem/auxiliar de enfermagem, enfermeiro e médico; a equipe de Saúde Bucal (eSB), composta por técnico/auxiliar de saúde bucal e cirurgião dentista2 e a equipe Multiprofissional na Atenção Primária à Saúde (eMulti), composta por diversas categorias profissionais, como nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, entre outros.3 Ela tem como uma de suas características a proximidade dos profissionais de saúde aos indivíduos, família e comunidade, a realização de atividades individuais e coletivas, atuando na unidade de saúde e no território/extramuros.2
A atenção no puerpério é importante para acompanhar a saúde da mãe e do recém-nascido (RN), é uma assistência que deve ser valorizada desde o início da gestação e enfatizada pelos profissionais de saúde ao longo do pré-natal.1 Para uma assistência adequada é importante que existam protocolos nos serviços de saúde com orientações aos profissionais para que estes optem pela conduta mais apropriada nas diversas situações de saúde, buscando o bem-estar do usuário e sua atenção integral. Dessa forma é necessário que essas orientações estejam baseadas em estudos atuais sobre o tema.
As últimas publicações do Ministério da Saúde (MS) para a APS com as recomendações sobre o cuidado integral à saúde da mulher e do bebê no puerpério estão presentes nos Cadernos de Atenção Básica "Atenção ao pré-natal de baixo risco" (2012)1 e "Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento" (2012)4 e no Protocolos da Atenção Básica "Saúde das mulheres" (2016).5
Em 2022 a Organização Mundial da Saúde (OMS) atualizou e ampliou suas recomendações de 2014 contidas em "WHO recommendations on postnatal care of the mother and newborn" no documento agora intitulado "Recommendations on Maternal and Newborn Care for a Positive Postnatal Experience".6 As recomendações buscam contribuir para a maior proteção da mãe e do RN, entendendo o puerpério como um período crítico para ambos e também para o parceiro, pais, cuidadores e família.6
Não se encontrou na literatura artigo que confronte as orientações dessas duas instituições (OMS e MS). Desse modo, o objetivo deste artigo foi identificar as convergências e as divergências entre as recomendações da OMS e do MS no que diz respeito à assistência à saúde no puerpério na APS.

Métodos
Trata-se de uma pesquisa documental descritiva de documentos institucionais disponíveis na modalidade eletrônica. O estudo documental utiliza dados já existentes e vale-se de todo tipo de documento, o qual tem conceito bastante amplo (um fragmento de cerâmica, inscrições em paredes, jornais, entre outros), alguns dos mais utilizados em pesquisas são os institucionais, pessoais e jurídicos.7 Este estudo baseou-se na leitura do material da OMS, "Recommendations on Maternal and Newborn Care for a Positive Postnatal Experience"6 e dos materiais do MS: "Cadernos de Atenção Básica, nº 32 - Atenção ao pré-natal de baixo risco",1 "Cadernos de Atenção Básica, nº 33 - Saúde da criança: crescimento e desenvolvimento"4 e "Protocolos da Atenção Básica: Saúde das Mulheres".5 As normas do Ministério da Saúde foram avaliadas adotando-se como padrão-ouro as recomendações da Organização Mundial da Saúde, para verificar sua adequação (avaliação normativa). Foi elaborado entre outubro de 2022 e março de 2024, período que compreendeu a leitura dos materiais, a seleção das recomendações relacionadas à APS no documento da OMS, a busca de orientações correspondentes no material do MS e em outras publicações científicas a respeito dos temas abordados.
Classificou-se as recomendações em convergentes, parcialmente convergentes e divergentes, o que serviu para a estruturação das apresentações em Tabelas.
O material da OMS é composto por 55 itens, alguns com subitens a, b e c, totalizando dessa forma 63 recomendações. Neste trabalho excluiu-se as de âmbito hospitalar, aquelas muito semelhantes e as mais voltadas à gestão central, comparando-se 38 das 63 recomendações. As descrições nas tabelas ocorreram de acordo com a tradução da Ocean Translation,8 na qual conservou-se a enumeração da OMS, também preservada neste trabalho.

Resultados e Discussão
Recomendações convergentes
Dentre as 38 recomendações comparadas, doze foram convergentes com as orientações do MS, correspondendo a 31,6% do total das analisadas, conforme Tabela 1.
 


A OMS recomenda intervenções psicossociais e/ou psicológicas como prevenção da ansiedade e depressão no pós-parto (recomendação 19).8 Entre as psicossociais estão as visitas domiciliares, o apoio social e as estratégias psicoeducacionais; entre as psicológicas estão a terapia cognitivo-comportamental, a psicoterapia interpessoal e as intervenções mente-corpo.6 Desse modo o MS orienta intervenções psicossociais como ação preventiva para depressão e ansiedade no pós-parto,1,5 conforme alternativa indicada pela OMS.
A OMS recomenda suplementação oral de ferro, isoladamente ou em combinação com ácido fólico, a mulheres no pós-parto, por seis a 12 semanas, para reduzir o risco de anemia em locais onde a anemia gestacional é um problema de saúde pública (recomendação 20),8 ou seja, nos locais cuja prevalência é de 20% ou mais de gestantes com anemia na população.6 No Brasil a prevalência de anemia gestacional corresponde a 23%.9 Em consonância com esse dado e com a recomendação da OMS, o MS orienta suplementação de ferro até três meses após o parto para mulheres com ou sem diagnóstico de anemia.1,5 No Ceará observou-se que o uso da suplementação de ferro por mulheres no pós-parto não estava de acordo com o preconizado pelo MS, que orienta o uso para 100% das puérperas,10 ou seja, apenas 20% das mulheres no pós-parto utilizavam a suplementação, enquanto 80% não utilizavam. Comparativamente, 83,3% das gestantes usavam suplementação de ferro e 16,7% não usavam.10 Entre gestantes e puérperas que receberam prescrição da suplementação de ferro dos profissionais 67,5% tiveram adesão.10 Das 32,5% que não fizeram uso, 17,5% não fizeram pela falta de prescrição e orientação do profissional, concluindo-se que a não prescrição da suplementação de ferro pelo profissional de saúde é o fator determinante para o não uso.10 Nesse sentido faz-se necessário a avaliação e o monitoramento das ações orientadas pelo MS, buscando a prevenção de doenças e o conhecimento dos resultados obtidos.
A OMS recomenda o fornecimento de informações e serviços anticoncepcionais abrangentes com compartilhamento de tarefas no fornecimento de métodos anticoncepcionais a uma ampla gama de quadros (recomendação 24).8 Em conformidade com essas recomendações, tais informações e serviços são disponibilizados por meio do planejamento reprodutivo, realizado na APS pela eSF que, entre outras atribuições, deve conhecer as mulheres em idade fértil do território e aquelas que desejam ou têm filhos.1
A OMS recomenda triagem neonatal universal para anomalias oculares, serviços de diagnóstico e tratamento para crianças identificadas com anomalia (recomendação 26).8 Nesse sentido, o MS orienta a realização do teste do reflexo vermelho na primeira consulta do RN na APS e novamente aos quatro, seis, 12 meses e aos dois anos de idade da criança.4 O prematuro de 32 semanas ou menos e/ou abaixo de 1500 g deverá ser examinado com dilatação de pupila por oftalmologista na 6ª semana de nascido e acompanhado conforme condição clínica.4
A Triagem Auditiva Neonatal Universal (Tanu) é recomendada pela OMS (recomendação 27),8 o MS orienta a realização na primeira semana de vida do RN.1 Autores de estudo realizado com dados de três maternidades públicas do Rio Grande do Norte, entre 2015 e 2019, observaram o aumento na realização da Tanu.11 O ano de 2015 apresentou a menor cobertura, quando 48,9%, dos bebês foram triados, e a maior em 2019, com 89,4% dos bebês.11 Nesses cinco anos, 71,9% dos bebês passaram pela Tanu, demostrando que, apesar do crescimento da cobertura no período, não se alcançou a universalidade (triagem em 100% dos bebês),11 indicando um esforço necessário para melhoria do acesso a essa assistência.
A OMS recomenda para todos os bebês ao nascer a vacinação contra hepatite B, preferencialmente nas primeiras 24h; a vacina de BCG, em países com grande incidência de tuberculose e/ou hanseníase e a vacina oral bivalente contra poliomielite, em países onde a doença é endêmica ou com alto risco de importação6 (recomendação 34).8 Os profissionais da APS devem verificar se a aplicação das vacinas BCG e contra hepatite B foram realizadas na maternidade e em caso negativo devem ser aplicadas na primeira oportunidade, registradas no prontuário e na Caderneta de Saúde da Criança,1 tendo em vista que o Brasil está entre os 30 países com mais alta carga de tuberculose no mundo12 e a hanseníase continua como um problema de saúde pública no Brasil.13 A vacinação contra poliomielite é iniciada apenas a partir dos dois meses de idade com a vacina contra poliomielite inativada (VIP),14 tendo em vista que atualmente a poliomielite é considerada endêmica somente no Afeganistão e no Paquistão.15 O MS orienta atualizar a vacinação da mãe, se necessário.5 Dessa forma, observa-se que o MS está de acordo com as recomendações da OMS para imunização neonatal de rotina, conforme as características epidemiológicas do país. No entanto, chama-se a atenção para a distribuição dos óbitos neonatais, conforme grupo de causas evitáveis por intervenções do Sistema Único de Saúde (SUS).16 Entre as principais causas de morte e o respectivo grupo de causas evitáveis estiveram: tétano neonatal (reduzível por ações de imunoprevenção), síndrome da angústia respiratória (reduzível por atenção adequada à mulher na gestação), asfixia ao nascer (reduzível por adequada atenção durante o parto), septicemia bacteriana do RN (reduzível por adequada atenção ao feto e RN), pneumonia não especificada (reduzível por adequado diagnóstico e tratamento) e síndrome da morte súbita na infância (reduzível por ações de promoção à saúde).16 Destaca-se a importância da vacinação contra tétano, especialmente no ciclo gravídico-puerperal com dose (s) da dupla adulta contra difteria e tétano (dT), se necessário, e uma dose da vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis acelular adulto (dTpa), a cada gestação, a partir da 20ª semana até o puerpério (45 dias após o parto), independentemente de vacinação anterior.14 É necessário que os profissionais enfatizem sobre a importância da vacinação nos diversos ciclos de vida (criança, adolescente, gestante, puérpera, adulto e idoso), assim como proporcionar meios que facilitem o acesso à população em geral. Além de informar aos pais sobre os cuidados gerais com o RN, alertando-os sobre os sinais de gravidade para que saibam identificá-los e como agir em cada situação.
A OMS recomenda massagem suave de corpo inteiro para os RN saudáveis e a termo (recomendação 37),8 o MS cita os benefícios da Shantala, massagem de origem indiana para bebês1 e informa que as Práticas Integrativas e Complementares podem ser utilizadas nas diversas fases da vida incluindo o puerpério1 e a infância.1,4 Ressalta-se que o cuidar de si e do RN é influenciado pela realidade da puérpera, condições de vida, família e rede de apoio, o estado emocional, ter ou não outros filhos, tempo e sossego, são situações que podem contribuir, dificultar ou até mesmo impedir o desenvolvimento de algumas ações da mulher no pós-parto.
As intervenções psicossociais para apoio da mãe devem ser integradas aos serviços de cuidados da criança, conforme recomenda a OMS (recomendação 41).8 Na APS ambas são realizadas na Unidade Básica de Saúde (UBS) e efetuadas pelos mesmos profissionais.1,4,5 Dentre as intervenções para transtornos mentais comuns no puerpério (depressão e ansiedade) se incluem inquéritos de rotina (sobre a questão mental e o bem-estar social da mulher) e o apoio psicossocial em cada consulta pós-natal, incluindo-se os pais/parceiros/cuidadores com o intuito de identificar riscos à mãe e ao bebê, como da violência e a ausência do pai nos cuidados parentais.6
É necessário conhecimento sobre alimentação e amamentação pelos profissionais de saúde, recomenda a OMS (recomendação 43b).8 Em consonância, pelo MS, essas orientações são realizadas pela eSF,1 composta por profissionais do nível médio (auxiliares/técnicos em enfermagem, ACS) e superior (enfermeiros, médicos), podendo haver apoio da eSB (auxiliares/técnicos em Saúde Bucal, cirurgião dentista)2 e da eMulti (com possibilidade de nutricionista).3
A OMS recomenda visita domiciliar (VD) na primeira semana após o nascimento (recomendação 48),8 assim como o MS. Se RN de risco, o MS orienta que seja nos primeiros três dias.1,5 A VD é uma atribuição, especialmente, do ACS, mas ela é uma prática a ser realizada por toda a eSF, podendo a primeira consulta da puérpera e do RN serem realizadas em domicílio, por médico ou enfermeiro4. Em revisão integrativa, a distância entre a unidade de saúde e a moradia esteve entre as dificuldades mais presentes no que diz respeito à efetivação da VD17 e não houve concordância em relação ao momento ideal para essa visita, porém a importância de que ela aconteça o mais breve possível, foi unânime.17 O próprio MS recomenda três modos distintos para a realização da VD: na primeira semana após o parto,1,4 na primeira semana após a alta do bebê1,5 e entre sete e dez dias após o parto.1
É recomendado pela OMS o compartilhamento de tarefas para a promoção da saúde materna e neonatal a uma ampla gama de quadros (recomendação 50a).8 Entre essas tarefas encontra-se os cuidados no pós-parto, planejamento reprodutivo, orientação nutricional, cuidados básicos ao RN, aleitamento materno exclusivo, imunização, entre outros6. Pelo MS, o compartilhamento dessas tarefas ocorre entre os membros da eSF,1,4,5 podendo haver apoio da eSB2 e da eMulti.3
A OMS também recomenda o compartilhamento do fornecimento de métodos anticoncepcionais (recomendação 50b)8 entre os quais inclui iniciar e manter métodos contraceptivos injetáveis, inserção de dispositivos intrauterinos (DIU) e de implantes.6 Os métodos anticoncepcionais pelo MS também são fornecidos pelos profissionais da eSF.1,5
Recomendações parcialmente convergentes
A Tabela 2 apresenta as quatorze das 38 recomendações da OMS que foram consideradas parcialmente convergentes, correspondendo a 36,8% das recomendações analisadas.
 


A OMS recomenda, como medida preventiva, um teste de HIV às puérperas que não realizaram o teste de contato do pré-natal ou de terceiro trimestre, onde houver alto índice de HIV (recomendação 2a).8 O MS também orienta a realização no pós-parto, contudo para aquelas que não foram testadas durante a gestação ou parto,1 a OMS não faz referência ao momento do parto.
No tratamento da obstrução mamária (recomendação 8) e na prevenção de mastite pós-parto (recomendação 10), a OMS orienta o uso de compressas quentes ou frias, de acordo com a preferência da mulher,8 enquanto o MS orienta apenas o uso de compressas frias,5 não indicando compressa quente como opção de cuidado.
É recomendado pela OMS aconselhamento sobre a dieta alimentar com informações sobre constipação (recomendação 12);8 esta orientação está presente nos materiais do MS,1,5 mas não apresenta detalhes sobre como deverá ser a alimentação da puérpera e sua relação com a constipação.
A respeito da prática de atividades físicas no puerpério recomendada pela OMS (recomendação 22),8 o MS orienta diferentes atividades a cada estágio do pós-parto (imediato, tardio e remoto), sendo que no puerpério tardio inclui a realização de exercícios para o assoalho pélvico,5 algo não recomendado pela OMS.
Sobre a recomendação da OMS de que devem ser observados a cada contato sinais como febre, história de convulsão, respiração rápida, dentre outros (recomendação 25),8 o MS não explicita estas orientações de modo igual, porém recomenda alerta aos sinais de perigo e na primeira consulta do RN orienta dispensar atenção à icterícia e sinais relacionados ao desconforto respiratório.4
Quanto ao coto umbilical, a OMS recomenda que ele seja mantido limpo e seco (recomendação 32a) com aplicação diária de clorexidina 4% na primeira semana em situações específicas (recomendação 32b);8 da mesma forma o MS orienta coto umbilical limpo e seco,4 porém com recomendação de limpeza diária com clorexidina a 0,5% ou álcool etílico a 70% até a queda nas situações em geral1. A orientação do uso do álcool a 70% no coto umbilical é considerada um modo rotineiro adequado de cuidado.18,19 Contudo, lavar e secar o coto umbilical em países desenvolvidos não apresentou resultado inferior para prevenção de onfalites, comparativamente a quando se fez uso do antisséptico.20
A OMS recomenda colocar o bebê para dormir em posição supina durante o primeiro ano após o nascimento (recomendação 33);8 já o MS não deixa claro até qual idade essa recomendação deve ser seguida.
A respeito da vitamina D, que a OMS recomenda a suplementação apenas a lactentes no contexto de pesquisa rigorosa (recomendação 36),8 o MS, apesar de orientar a suplementação para uma população específica,4 não menciona que sua definição tenha sido com base em pesquisa rigorosa, considerando ainda que o material do MS é de 2012. Entretanto, a suplementação oral parece ser o modo mais eficiente para se obter, de modo suficiente, a concentração sérica da vitamina D, com dosagem recomendada entre 400 a 1200 UI diárias para crianças de zero a cinco anos de idade e entre 800 a 2000 UI diárias para gestantes, especialmente no terceiro trimestre.21
A OMS recomenda aleitamento materno exclusivo até os seis meses (recomendação 42),8 assim como o MS,1,4,5 que também orienta auxílio à família nas dificuldades,4,5 porém não destaca que as mães devem ser aconselhadas e apoiadas em cada contato pós-natal quanto à amamentação exclusiva.
A OMS recomenda ao menos três encontros pós-natais adicionais, entre 48 e 72 horas, entre sete e 14 dias e na sexta semana após o parto, (recomendação 44);8 já o MS, dois encontros (VD na primeira semana1,4 e consulta de puerpério até 42 dias após o parto1,5). Os períodos indicados não são os mesmos, embora haja possibilidade de acontecerem no mesmo intervalo.
A OMS recomenda o envolvimento do homem no período da gestação, parto e após o nascimento desde que respeite, promova e facilite as escolhas da mulher e sua autonomia (recomendação 52).8 O MS também orienta esse envolvimento,1,5 contudo não ressalta que a escolha e autonomia da mulher devem ser priorizadas em todas essas fases (gravidez, parto e puerpério), sendo importante considerar a frequente violência contra a mulher necessitando que o profissional de saúde se mantenha atento quanto às suas diversas formas e em todas as etapas da vida da mulher.
Sobre os registros domiciliares recomendados pela OMS (recomendação 53),8 apesar do MS orientar a anotação dos dados antropométricos,4 de vacinação, das alterações nas condições de saúde da mulher e do RN,1 do tipo de alimentação da criança,5 entre outros, não há recomendação específica ou um reforço para os registros dos atendimentos ocorridos em domicílio.
Recomendações divergentes
As recomendações divergentes entre a OMS e o MS corresponderam a 31,6%, doze das 38 que fizeram parte deste estudo, e estão descritas na Tabela 3. As recomendações presentes no material da OMS e não discutidas nos materiais do MS considerou-se divergentes.
 


A OMS não recomenda a realização de exercícios para o assoalho pélvico de rotina no pós-parto (recomendação 7),8 pois não há evidências suficientes sobre seus efeitos depois dos seis meses.6 O precoce treinamento da musculatura do assoalho pélvico (TMAP) na gestação previne, provavelmente, a incontinência urinária no período gestacional tardio e reduz o risco de incontinência no pós-parto, particularmente entre os três e seis meses.6 Por outro lado, apesar do TMAP iniciado no pós-parto não ser recomendado como medida preventiva, mulheres com perda involuntária de pequenos volumes de urina após o parto devem ser orientadas quanto aos seus benefícios potenciais.6 Na ausência de evidências mais fortes, concorda-se que o TMAP realizado em casa, sem supervisão, pode ser benéfico e provavelmente não causará efeitos prejudiciais a essas mulheres, assim como ser positivo para a função sexual no pós-parto e promover o autocuidado.6 Por meio de revisão sistemática, autores concluíram que o TMAP resultou em efeito positivo na prevenção da incontinência urinária, com aumento significativo da força muscular no pós-parto imediato e tardio,22 tempo não superior ao referido pela OMS.
É recomendado pela OMS o uso da profilaxia pré-exposição (PrEP), a ser iniciada ou continuada pelas puérperas e/ou lactantes com alto risco de infecção de HIV como estratégia combinada de prevenção (recomendação 17), porém nos materiais do MS essa estratégia não é abordada.
A OMS recomenda a utilização de instrumento validado para triagem de depressão e ansiedade no pós-parto (recomendação 18),8 o MS cita a ferramenta Edinburgh Postnatal Depression Scale (EPDS) e embora informe que a depressão pós-parto seja identificada mais por esses instrumentos do que pela avaliação clínica,1 ela não é disponibilizada e não tem seu uso estimulado. A EPDS é validada no Brasil e possui versão em Português.23 Autores de pesquisa realizada com puérperas atendidas pela ESF, por meio da EPDS, identificaram que 39,13% delas tinham maior probabilidade de desenvolverem depressão pós-parto,24 demonstrando a importância da investigação prévia. Em revisão integrativa, os fatores de risco mais citados para depressão pós-parto estiveram a falta de apoio familiar ou do parceiro e a gravidez não planejada,25 destacando-se a necessidade de efetiva atenção quanto ao planejamento reprodutivo e a sensibilização da rede de apoio da puérpera, bebê e família quanto ao tema. A depressão é muitas vezes silenciosa e silenciada, a utilização de estratégias que contribuam na sua identificação é importante para aumentar a possibilidade de tratamento e alívio do sofrimento, proporcionando maior segurança e bem-estar à mãe e ao bebê, sendo positiva a divulgação de instrumento validado entre os profissionais de saúde.
A suplementação de vitamina A no puerpério não é recomendada pela OMS (recomendação 21)8 que atualmente orienta o estímulo ao consumo de dieta saudável e equilibrada pelas mulheres, considerando-se que a recomendação de suplementação de vitamina A no pós-parto havia sido baseada em evidências de qualidade muito baixa.6 Por outro lado, o MS orienta que puérperas residentes em áreas consideradas endêmicas para a deficiência de vitamina A recebam no pós-parto imediato uma megadose da vitamina A.1,4,5
A OMS recomenda que o primeiro banho do recém-nascido saudável e a termo não aconteça antes das 24 horas após o nascimento (recomendação 30).8 O banho nas primeiras horas de vida é associado a hipotermia em neonatos,26,27 havendo menores taxas de hipotermia quando o banho é realizado depois das 24 e até 48 horas de vida;27 contudo o MS não orienta quando esse deve ocorrer.
A suplementação de vitamina A neonatal de rotina não é recomendada pela OMS (recomendação 35a),8 mas apenas para ambientes com dados confiáveis dos últimos cinco anos que demonstrem alta taxa de mortalidade infantil e alta prevalência de deficiência de vitamina A materna (recomendação 35b).8 Desse modo, ainda que o MS oriente a suplementação para áreas/populações específicas,4 não se pode afirmar que ela esteja baseada em dados dos últimos cinco anos, já que o material é de 2012. Há também divergência na dose a ser administrada e na idade da criança. A OMS orienta dose única de 50.000 UI nos três primeiros dias de vida,8 ao passo que o MS recomenda uma megadose de 100.000 UI entre os seis e 11 meses de idade da criança e megadose de 200.000 UI a cada seis meses para crianças entre 12 e 59 meses de idade.4 Em uma publicação de 2019, referente a uma pesquisa realizada no Ceará, autores relataram que a suplementação de vitamina A demonstrou benefício no desenvolvimento infantil, no entanto quando ela ocorreu em crianças desnutridas não evidenciou resultado significativo, indicando ser necessário melhorar seu estado nutricional, além de realizar a suplementação, que é positiva e deve ser mantida.28 Contudo, apesar do tempo transcorrido desde a implantação da suplementação da vitamina A no Brasil (1983), sua deficiência permanece prevalente em alguns estados.29
A OMS recomenda que bebês e crianças recebam cuidados responsivos entre zero e três anos de idade (recomendação 38),8 já o MS não aborda essa prática. Esse cuidado corresponde a identificar e responder as manifestações da criança por meio de movimentos, gestos, sons e pedidos verbais, e é a base para boa aprendizagem, proteção da criança, construção de confiança e relações sociais, assim como para perceber e tratar doenças.30 Requer observar as dicas da criança, interpretar o que ela quer e precisa, respondendo de forma consistente e adequada. Abrange também a alimentação responsiva.30
E desse modo a OMS orienta também atividades de aprendizagem precoce a todos os bebês e crianças (entre zero e três anos de idade) com seus pais e outros cuidadores (recomendação 39),8 o que não está presente nos materiais do MS.
É recomendado ainda, pela OMS, que o apoio para cuidados responsivos e aprendizagem precoce deve ser incluído como parte das intervenções para a nutrição de RN, bebês e crianças (recomendação 40),8 algo que não consta nas orientações do MS.
No que se refere ao aleitamento materno, além das orientações anteriores, a OMS recomenda que as instalações que oferecem serviços de assistência à maternidade e a recém-nascidos tenham uma política de amamentação claramente escrita (recomendação 43a),8 algo que não se encontra nos materiais referentes à assistência realizada na APS do MS.
A OMS recomenda a comunicação digital para mudança de comportamento desde que haja preocupações com conteúdo sensível e privacidade dos dados (recomendação 54),8 contudo é um tema que não está contemplado nos materiais pesquisados do MS.
Ressalta-se que na ESF são previstas a eSB e a eMulti, as quais prestam assistência à mesma população da eSF e podem atuar conjuntamente em questões relacionadas à saúde bucal, mental, aleitamento materno, nutrição, atividade física, planejamento reprodutivo, entre outras.
Aponta-se como fragilidade deste estudo o fato de tratar-se da comparação entre extensos materiais descritivos dificultando a discussão de todos os temas abordados, assim como a possibilidade de viés por se tratar da comparação de dados inexatos, sujeitos ao entendimento das leitoras/autoras. Além disso, tem como limitação investigar as orientações existentes, mas não se elas são efetuadas. Por outro lado, a fortaleza deste estudo é identificar, de forma inédita, as recomendações que necessitariam ser revisadas para um cuidado mais efetivo no puerpério.
Dentre as recomendações comparadas, 31,6% foram consideradas convergentes, 36,8% parcialmente convergentes e 31,6% divergentes. As parcialmente convergentes com as divergentes somaram 68,4%, sinalizando a importância da adoção de revisões regulares dos Cadernos e Protocolos da APS elaborados pelo MS, tendo em vista que são referências para o ensino, a pesquisa e para a assistência nesse nível de atenção. Por meio das suas publicações, o MS pauta a implementação de políticas e práticas nacionais de saúde, necessárias para melhoria do cuidado no pré-natal, puerpério e outros.
Espera-se com este estudo contribuir para reflexão das práticas profissionais no puerpério, assim como despertar sobre a importância da atualização dos materiais orientadores para essa assistência.

Referências
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Contribuição dos autores: Santos EG: análise dos dados, redação e revisões do manuscrito. Rattner D: proposta intelectual do artigo, delineamento do estudo, revisão crítica. Todos os autores aprovaram a versão final do artigo e declaram não haver conflito de interesse.


Recebido em 13 de Março de 2024
Versão final apresentada em 23 de Setembro de 2024
Aprovado em 24 de Setembro de 2024

Editor Associado: Aline Brilhante

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