RESUMO
OBJETIVOS: analisar o consumo de alimentos ultraprocessados (AUP) e sua associação com a ingestão de nutrientes entre gestantes de risco habitual.
MÉTODOS: estudo transversal com dados socioeconômicos, antropométricos e de consumo alimentar de gestantes de risco habitual. O consumo de energia, macro e micronutrientes foi obtido através de dois Recordatórios 24 horas (R24h). Os AUP foram identificados através da classificação NOVA, e o percentual de calorias proveniente destes alimentos foi classificado em quartis e associado à ingestão de nutrientes. Para tal, adotou-se o teste ANCOVA ajustado segundo a idade e a renda per capita.
RESULTADOS: foram avaliadas 60 gestantes com média de idade de 28,44 (IC95%=27,20-29,69) anos. O percentual médio de AUP na dieta foi de 20,68 (IC95%=17,88-23,47). Gestantes no maior quartil de consumo de AUP apresentaram menor ingestão de proteína (13,48g vs. 18,84g; p=0,031) e zinco (4,52mg vs. 6,18mg; p=0,045) quando comparadas ao menor quartil.
CONCLUSÃO: os resultados evidenciaram uma relação desfavorável entre a participação de AUP na dieta e a ingestão de proteínas e zinco, nutrientes importantes para o período gestacional. Tais achados reforçam a importância da promoção de hábitos alimentares saudáveis durante a gestação para garantir o aporte adequado de nutrientes nessa fase.
Palavras-chave:
Nutrição materna, Alimentos industrializados, Consumo de alimentos, Gravidez, Nutrientes
ABSTRACT
OBJECTIVES: to analyze the ultra-processed foods (UPF) consumption in pregnant women's diets associated with nutrient intake.
METHODS: a cross-sectional study using socioeconomic, anthropometric and food consumption data from low-risk pregnant women. Consumption of energy, macro and micronutrient were obtained through two 24-hour recalls (R24h). The UPF were identified using the NOVA classification, and the percentage of energy from this food was classified in quartiles and associated with nutrient intake. So, the ANCOVA test adjusted for age and per capita income were adopted.
RESULTS: a total of 60 pregnant women with a mean of age of 28.44 (CI95%=27.20-29.69) years old were evaluated. The average percentage of UPF in the diet was 20.68 (CI95%=17.88-23.47). Pregnant women in the highest quartile of UPF consumption had lower protein intake (13.48g vs. 18.84g; p=0.031) and lower zinc intake (4.52mg vs. 6.18mg; p=0.045) when compared to those in the lowest quartile.
CONCLUSIONS: the results showed a negative relationship between the participation of UPF in pregnant women's diets and the intake of protein and zinc, important nutrients for the gestational period. Such findings reinforce the importance of promoting healthy eating habits during pregnancy to ensure an adequate supply of nutrients in this phase.
Keywords:
Maternal nutrition, Industrialized foods, Food consumption, Pregnancy, Nutrients
IntroduçãoO sistema de classificação de alimentos NOVA, desenvolvido por pesquisadores da Universidade de São Paulo, Brasil, propõe a categorização dos alimentos de acordo com sua finalidade e o grau de processamento aplicado.
1 Tal classificação determina que os alimentos que são submetidos a várias etapas de processamento e adição de ingredientes de uso industrial sejam denominados alimentos ultraprocessados (AUP). Exemplos destes alimentos incluem biscoitos recheados, sorvetes, macarrão instantâneo, iogurtes e bebidas adoçadas e aromatizadas, salgadinhos de pacote, entre outros.
1Nos últimos anos, o consumo de AUP tem crescido no Brasil, acompanhando a tendência de países desenvolvidos, como demonstrou a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) realizada nas áreas metropolitanas do Brasil entre 2002-2003 e 2017-2018.
2 A pesquisa registrou aumentos sucessivos na participação calórica de produtos ultraprocessados, que subiu de 12,6% para 18,4% entre os dois períodos. Além disso, houve a diminuição na participação de alimentos
in natura e minimamente processados no total de calorias adquiridas.
2No que se refere a composição nutricional, os AUP são mais densos em energia, têm maior teor de açúcar, sódio, gorduras totais e gorduras saturadas, e baixa quantidade de proteínas e fibras quando comparados a alimentos
in natura ou minimamente processados.
3-5 A literatura tem demonstrado associação entre o consumo excessivo de AUP com obesidade, doenças crônicas não transmissíveis e síndrome metabólica.
6-9 Além disso, alguns estudos têm relacionado a ingestão desses alimentos com inadequações de macro e micronutrientes em diferentes fases da vida.
5,8,9Sabe-se que durante o período gestacional ocorrem diversas alterações fisiológicas no corpo da mulher, a fim de se proporcionar um ambiente favorável para o desenvolvimento do feto, aumentando assim a demanda de energia e nutrientes. Nesse período, o requerimento energético aumenta de forma moderada, enquanto o aumento da demanda de nutrientes se dá de maneira mais significativa. Alguns nutrientes, como as vitaminas A, B9 (folato), B12, C, D e os minerais cálcio, sódio, ferro e zinco, além do ácido graxo ômega-3 apresentam demanda aumentada nessa fase devido sua importância para o desenvolvimento da gestação.
10,11Torna-se evidente, então, que a qualidade da alimentação da mulher, antes e durante a gestação, impacta o crescimento e o desenvolvimento infantil e a saúde materna. Por esse motivo, inadequações nutricionais nesse período podem comprometer a evolução da gestação, levando ao aumento das chances de desfechos negativos para o parto e saúde do recém-nascido.
10,11Neste contexto, o presente estudo objetivou analisar a participação dos AUP na dieta de gestantes e sua associação com a adequação de nutrientes importantes para esse ciclo da vida.
MétodosTrata-se de um estudo transversal realizado com gestantes de risco habitual que participaram da linha de base do projeto “
Suplementação de Ômega-3 na gestação para prevenção de sintomas depressivos e possível efeito na prática do aleitamento materno, crescimento e desenvolvimento infantil” aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais sob o número 87705018.0.0000.5149. Todas as participantes foram esclarecidas quanto aos objetivos e métodos do estudo e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.
A coleta de dados foi realizada entre setembro de 2018 e julho de 2019 em um ambulatório de pré-natal do Sistema Único de Saúde, localizado em uma capital na região Sudeste do Brasil (Belo Horizonte, Minas Gerais).
Os critérios de inclusão foram: idade gestacional entre 22 e 24 semanas, idade entre 20 e 40 anos, não estar em gestação múltipla e não possuir risco gestacional conforme os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde
12 (histórico de abortamento, presença de doenças infecciosas ou condições clínicas como hipertensão, diabetes, neoplasias, entre outros).
Os dados foram coletados via entrevista presencial, com auxílio de um questionário estruturado construído para fins desta pesquisa. Foram obtidas informações socioeconômicas, antropométricas e de consumo alimentar.
Para avaliação das informações socioeconômicas foram coletados idade, ocupação, paridade, renda
per capita, escolaridade e estado civil.
Em relação a antropometria, foram coletados o peso pré-gestacional, peso atual e a altura. O peso pré-gestacional foi referido pela participante, enquanto o peso atual foi aferido com auxílio de uma balança de plataforma digital da marca Líder e modelo P-200C, com capacidade de 2 a 200 quilos e precisão de 100 gramas. A altura foi obtida por meio do estadiômetro acoplado à balança. O Índice de Massa Corporal (IMC=kg/m
2) pré-gestacional foi calculado e classificado conforme os critérios da OMS
13. Para classificação do IMC gestacional foi utilizada a curva de Atalah
et al.14O consumo alimentar foi obtido através de dois Recordatórios 24 horas (R24h), aplicados em dias não consecutivos, com intervalo máximo de uma semana entre eles, sendo o primeiro durante a entrevista presencial e o segundo via telefone. Para minimizar as perdas na coleta do R24h via telefone, foram realizadas pelo menos três tentativas de contato em cada turno do dia (manhã, tarde e noite).
Todos os alimentos e bebidas consumidos no dia anterior foram expressos em medidas caseiras que, posteriormente, foram convertidas em gramas ou miligramas com base na Tabela para Avaliação do Consumo Alimentar em Medidas Caseiras.
15O consumo calórico total, o percentual calórico proveniente de AUP e a ingestão de macro e micronutrientes foram obtidos pela média dos valores referentes aos dois dias de consumo alimentar, sendo computados com o auxílio do
software Brasil Nutri
®, conforme metodologia adotada na última Pesquisa de Orçamentos Familiares.
2O percentual de ingestão calórica diária proveniente de AUP foi obtido por meio da classificação dos alimentos listados no R24h de acordo com os critérios da classificação NOVA. Nessa classificação, são considerados AUP as formulações industriais provenientes do processamento de uma mistura de substâncias extraídas de alimentos (óleos, amido, açúcar, etc.), derivadas de constituintes de alimentos (gordura hidrogenada, amido modificado, etc.) ou sintetizadas em laboratório (vitaminas e minerais sintéticos, corantes, aromatizantes, realçadores de sabor e aditivos usados para melhorar propriedades sensoriais).
1Após isso, as participantes foram classificadas em quartis da contribuição dos AUP para o valor calórico total da dieta. A seguir, avaliou-se a associação desses quartis com a ingestão de energia, macro e micronutrientes. Foram avaliados as fibras, carboidratos, proteínas, lipídios e ácido graxo ômega-3. Já os micronutrientes avaliados foram as vitaminas A, folato, B12, C, D, E e os minerais cálcio, sódio, ferro e zinco. O teor dos macronutrientes e ômega-3 foram expressos em percentual do valor calórico total e os micronutrientes expressos em mg ou µg/1.000Kcal.
Utilizando o
software Epi Info™ 3.5.1, estimou-se a necessidade mínima de 59 participantes, adotando o percentual médio de ingestão de AUP obtido em estudo prévio,
16 nível de confiança de 95%, erro de 5%, fórmula para fins descritivos e população finita. O banco de dados foi construído no programa Epi Info™ 3.5.1 por meio de digitação dupla e devidas análises de consistência foram realizadas. As análises estatísticas foram realizadas com o auxílio dos
softwares Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) versão 19.0 e Stata
® versão 11.
Inicialmente, aplicou-se o teste de Shapiro-Wilk para avaliar a adesão das variáveis numéricas à distribuição normal. Em seguida, a análise descritiva foi realizada por meio da estimativa de frequências, médias e intervalo de confiança de 95%. A diferença entre as médias de consumo de nutrientes conforme os quartis do consumo de AUP foi avaliada por meio do teste de ANCOVA com correção de Bonferroni, ajustada segundo a idade e renda
per capita. Para todas as análises adotou-se o nível de significância de 5%.
ResultadosForam avaliadas 60 gestantes com média de 28,44 (IC95%=27,20-29,69) anos de idade, idade gestacional de 23,00 (IC95%=22,64-23,36) semanas e renda
per capita de 776,41 (IC95%=661,4-891,41) reais. As demais características da amostra estão apresentadas na Tabela 1.
Em relação ao estado nutricional, 41,6% (n=25) das participantes apresentavam excesso de peso anterior à gestação, e 46,7% (n=28) atualmente. Não houve associação entre o estado nutricional pré-gestacional e atual com a ingestão de AUP (
p>0,05).
O percentual médio de AUP na dieta foi de 20,68% (IC95%=17,88-23,47). A análise da ingestão de energia, macro e micronutrientes da dieta de acordo com os quartis de energia proveniente dos AUP está apresentada na Tabela 2.
Gestantes inseridas no maior quartil de consumo de AUP apresentaram menor ingestão de proteína (13,48g
vs. 18,84g;
p=0,031) e menor ingestão de zinco (4,52mg
vs. 6,18mg;
p=0,045) quando comparadas àquelas inseridas no menor quartil.
DiscussãoO presente estudo encontrou uma participação média de AUP de aproximadamente 20% das calorias totais ingeridas entre gestantes de risco habitual. A maior participação de AUP se associou a uma reduzida ingestão de proteínas e zinco.
O percentual calórico médio proveniente de AUP encontrado no presente estudo foi inferior ao encontrado em outros trabalhos conduzidos com gestantes. Um estudo transversal realizado no Brasil com 785 mulheres entre a 24ª e a 39ª semanas de gestação identificou uma contribuição média de 32% da energia total consumida proveniente de AUP.
16 Já em uma investigação prospectiva que acompanhou 365 gestantes brasileiras de risco habitual do primeiro ao terceiro trimestres de gestação, notou-se que os AUP representaram 24,6% da ingestão total de energia.
17 Na população adulta brasileira (n=32898), Louzada
et al.
3 evidenciaram contribuição percentual de 20,4% para consumo energético advindo dos AUP.
Além da elevada participação de AUP na dieta, estudos recentes demonstram associação entre ingestão destes alimentos e o desenvolvimento de sobrepeso e obesidade
5,8 e durante a gestação o consumo excessivo de AUP está relacionado ao ganho excessivo de peso gestacional, o que se associa ao maior risco de diabetes gestacional (DG), pré-eclâmpsia e maior retenção de peso pós-parto.
17-19Observou-se uma menor ingestão de proteínas entre mulheres inseridas no maior quartil de AUP, quando comparadas àquelas no menor quartil. É reconhecido que os AUP, em geral, apresentam menor teor de proteínas quando comparados aos alimentos
in natura ou minimamente processados
3,5 e a relação inversa entre consumo de AUP e de proteínas também foi encontrada em estudos prévios.
20-22 Ressalta-se que os AUP são frequentemente adicionados de açúcares e gorduras, com intuito de conservar ou tornar o produto mais palatável, o que leva a uma menor participação de proteínas na sua composição.
3,5Sabe-se que, na gestação, as necessidades proteicas estão aumentadas: a RDA para gestantes adultas é de 71g/dia, enquanto que para mulheres não gestantes da mesma faixa etária é de 46g/dia.
23 Isso ocorre devido ao papel fundamental desempenhado pela proteína no desenvolvimento da placenta, na hipertrofia dos tecidos maternos e na expansão do volume sanguíneo; fatores que influenciam diretamente o crescimento do feto.
24No que se refere à associação encontrada entre a maior participação de AUP na dieta e a menor ingestão de zinco, destaca-se que tal associação também tem sido demonstrada de maneira significativa em outros estudos.
8,16,25 É reconhecido que o zinco participa de inúmeras funções estruturais e bioquímicas, sendo fundamental para a reprodução e maturação, regulação hormonal da divisão celular, reparo de tecidos, resposta imune e no funcionamento das membranas celulares.
26A deficiência de zinco, nutriente presente em menor quantidade em AUP quando comparados a alimentos
in natura e minimamente processados, está entre os problemas nutricionais de maior relevância no mundo e possuem alta prevalência entre a população materno-infantil.
8,26 A importância do zinco para o desenvolvimento saudável da gestação pode ser observada pelo aumento de 37,5% das necessidades deste nutriente durante o período gestacional.
23,27 Ressalta-se que sua deficiência está relacionada a abortos espontâneos, restrição do crescimento intrauterino, nascimento pré-termo, pré-eclâmpsia, prejuízo imunológico fetal, defeitos do tubo neural e desenvolvimento anormal de órgãos.
26,27De acordo com Louzada
et al.,
8 não apenas o teor de zinco, mas de micronutrientes em AUP tende a ser inferior, sendo muitas vezes menor que a metade do teor encontrado em alimentos
in natura. Isso acontece principalmente devido ao extenso grau de processamento industrial que leva a perda dos nutrientes do alimento base. Tal fato assume grande relevância quando se considera que estes nutrientes exercem funções críticas nos processos de sinalização celular, produção de hormônios, resposta imunológica e desenvolvimento e manutenção das funções vitais.
8Tais fatos somados aos resultados encontrados neste estudo reforçam o impacto desfavorável do consumo de AUP e a importância da promoção da alimentação saudável durante a gestação. Destaca-se que isso se relaciona com as recomendações do novo Guia Alimentar para População Brasileira,
28 um documento oficial, lançado pelo Ministério da Saúde, que aborda os conceitos e recomendações de uma alimentação saudável. Ele preconiza a importância de uma alimentação baseada em alimentos
in natura e minimamente processados com o consumo moderado de alimentos processados e orienta a evitar os AUP. Sendo assim, a adesão às recomendações do Guia Alimentar para a População Brasileira pode contribuir para melhorar a qualidade do consumo alimentar de gestantes e para o desenvolvimento de ações de educação alimentar e nutricional e estratégias de promoção da alimentação adequada e saudável.
O presente estudo apresenta como limitação o delineamento transversal, tendo em vista que a ingestão alimentar sofre alterações durante o ciclo gravídico, sendo importante a sua avaliação prospectiva. Contudo, este trabalho se destaca por avaliar a associação entre a participação calórica de AUP e a ingestão de nutrientes entre gestantes, considerando a escassez de estudos com essa temática no período gestacional.
Os resultados apresentados evidenciaram uma relação desfavorável entre a participação de AUP na dieta e a ingestão de proteínas e zinco entre gestantes de risco habitual. Sendo assim, denota-se a necessidade de fortalecer e ampliar programas e ações de educação alimentar e nutricional, com foco na promoção da saúde da gestante, priorizando as recomendações da nova edição do Guia Alimentar para a População Brasileira, que preconiza uma dieta baseada em alimentos
in natura ou minimamente processados e com baixa participação de AUP.
AgradecimentosAgradecemos toda a equipe do ambulatório de pré-natal do Instituto Jenny de Andrade Faria do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais. Agradecemos também ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pelo apoio financeiro.
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Versão final apresentada em 8 de Setembro de 2021
Aprovado em 25 de Março de 2022
Contribuição dos autoresSilva AC e Corrêa MJG participaram da coleta e tabulação dos dados e redação do manuscrito. Sousa TM participou da concepção, supervisão da coleta e tabulação de dados, análise estatística, redação e revisão do manuscrito. Santos LC participou da concepção, coordenação do estudo, revisão crítica final do manuscrito. Todos os autores aprovaram a versão final do artigo e declaram não haver conflito de interesse.