RESUMO
OBJETIVOS: avaliar a confiabilidade das informações disponíveis em sites populares, ou seja, sites voltados para gestantes leigas, sobre indicações absolutas e relativas de cesarianas.
MÉTODOS: estudo descritivo/comparativo, baseado nos sites populares mais prováveis de serem visitados por gestantes leigas e que traziam informações sobre as indicações de cesarianas absolutas e relativas. Para analisar o grau de confiabilidade das indicações de cesarianas apresentadas pelos sites e a evidência cientifica, foi realizado o índice de concordância de Kappa de Cohen.
RESULTADOS: houve maior prevalência (62,63%) de informações de indicações de cesarianas que não mencionavam se a indicação apresentada era absoluta ou relativa, sendo que destas, 40,74% não eram indicações de cesarianas. Observou-se, concordância baixa entre os sites e a evidência cientifica quando o site mencionava que a indicação de cesariana era absoluta ou relativa.
CONCLUSÃO: este estudo demonstrou que a confiabilidade das informações acerca das indicações absolutas e relativas de cesarianas disponíveis em sites populares é questionável
Palavras-chave:
Cesárea, Gestante, Internet, Informação em saúde, Saúde da mulher
ABSTRACT
OBJECTIVES: to evaluate the reliability of information available on popular websites, in other words, websites aimed lay pregnant women, about absolute and relative indications for cesarean sections.
METHODS: this was a descriptive/comparative study based on the popular websites most likely to be visited by lay pregnant women and that contained information about indications for absolute and relative cesarean sections. Cohen's Kappa index of agreement was used to analyze the reliability degree on the indications for cesarean sections presented on the websites and the scientific evidence.
RESULTS: there was a higher prevalence (62.63%) of information on the indications for cesarean sections that did not mention whether the indication was absolute or relative, and of these indications, 40.74% were not indications for cesarean sections. Low agreement was also observed among websites and the scientific evidence when the website mentioned the indication for cesarean section was absolute or relative.
CONCLUSION: this study showed that the reliability of the information on absolute and relative indications for cesarean sections available in popular websites is questionable.
Keywords:
Cesarean section, Pregnant woman, Internet, Health information, Women's health
IntroduçãoO processo de parto e nascimento faz parte do ciclo repodrutivo de muitas mulheres
1,2 e, durante muito tempo era um evento vivenciado em casa, compartilhado com parteiras e outras mulheres, com caráter pessoal e privado.
1,2 Com o passar dos anos, os modos de vida mudaram e consolidaram-se valores que privilegiam as tecnologias, o benefício econômico e a ciência biologicista em detrimento às relações humanas.
1,2 O modelo tecnocrático implicou na institucionalização do parto no século XX
3 e nascimentos nos hospitais, consolidando um conjunto de práticas obstétricas padronizadas, muitas vezes realizadas sem indicações reais.
1,2Nos últimos anos, a prevalência de cesarianas vem aumentando em todo o mundo. Nos Estados Unidos, a taxa de cesariana é de 33%.
4 No Brasil, estudo de 2018, que avalia os diagnósticos relacionados à gestação, ao parto e ao puerpério demonstrou que cesariana sem complicações ou morbidades presentes à admissão, ou seja, cesarianas eletivas apresentam a maior causa de internação na rede privada (49,6%).
5 Estudo de abrangência nacional, "Nascer no Brasil: inquérito sobre o parto e nascimento", demonstrou que as taxas de cesarianas variaram de 87,9% no setor privado a 42,9% no setor público.
6 Entretanto, vale ressaltar que a cesarianas, quando bem indicadas, possuem papel fundamental na redução das taxas de mortalidade materna e neonatal em situações específicas, tais como: presença de placenta prévia ou de ruptura uterina, sendo essa via de nascimento a mais segura.
7,8Em relação à preferência da mulher na via de nascimento, alguns fatores influenciam na decisão pela cesariana, tais como, maior escolaridade e maior renda, experiência prévia de cesariana, cor/raça branca, influência da via de nascimento por fatores provenientes do financiamento hospitalar onde a gestante terá o seu filho e primiparidade.
9,10 Durante a gestação, a mulher experimenta várias sensações, percepções, incertezas, dúvidas e medos, especialmente primigestas. Por esse motivo, muitas dessas gestantes normalmente não participam diretamente das escolhas que seriam delas, mas podem ser influenciadas por uma opinião profissional. Os determinantes socioculturais e a escassez de informação adequada contribuem para que as mulheres sejam submetidas a cesarianas desnecessárias.
11,12Atualmente, a
internet se tornou a principal fonte de acesso à informação, a mulher grávida busca nela opiniões, orientações, sugestões para que possa chegar a determinadas conclusões.
13 Todavia, nem todos os
sites são confiáveis nem têm as suas informações seguras
14 podendo ser danoso para a gestante. Segundo dados da Pesquisa sobre o uso das Tecnologias de Informação e Comunicação nos domicílios brasileiros, em 2018, 75% dos brasileiros possuem acesso à
internet, e, destes, 90% acessam diariamente a rede, tendo a área da saúde como a mais acessada.
15 Em relação às gestantes, uma revisão sistemática demonstrou que as mulheres usam a
Internet como fonte de informações sobre a gravidez e, que buscam informações pelo menos uma vez por mês na
internet, além de considerarem as informações provenientes sobre saúde na
internet confiáveis e úteis.
13Sabe-se que o uso da
Internet para as gestantes oferece oportunidade de compartilhar apreensões e dúvidas com outras gestantes,
16 além de poder influenciar na via de nascimento. Assume-se como hipótese de que as informações disponíveis em
sites populares propiciam a formações de conceito por parte da gestante sobre a via de nascimento e suas indicações, além de influenciar na sua tomada de decisão sobre a via de nascimento. Diante disso, o objetivo desse estudo foi avaliar a confiabilidade das informações acerca das indicações absolutas e relativas de cesarianas disponíveis em
sites populares, ou seja,
sites voltados para gestantes leigas.
MétodosTrata-se de um estudo descritivo/comparativo, baseado nos
sites populares mais prováveis de serem visitados por gestantes e que traziam informações sobre as indicações absolutas e relativas para a realização da cesariana.
A amostra foi composta por
sites com informações para gestantes sobre a via de nascimento. A busca foi realizada no motor de busca do "
Google", com os termos possíveis que uma gestante leiga poderia fazer uso, sendo eles: "cesariana", "indicações para cesariana" e "parto cesárea". Esses termos selecionados, basearam-se na prática profissional de dois pesquisadores que possuem ampla vivência na área da saúde da mulher. Ressalta-se também que, após a definição dos termos, foi realizada uma busca piloto para compreender se os termos estavam sensíveis para o objetivo do estudo, não sendo necessária a alteração dos mesmos. Escolheu-se o
site de busca"
Google" por se tratar de um
site altamente difundido entre as gestantes leigas.
17Para compor a amostra deste estudo, consideraram-se os 100 primeiros
sites presentes em cada termo utilizado na busca, uma vez que após esse número a busca apresenta perda em relação à especificidade do tema. Como o intuito foi identificar
sites populares para as gestantes, foram desconsideradas informações inespecíficas para as gestantes, que não abordaram o tema proposto, que continham conteúdos voltados para profissionais de saúde,
sites de instituições governamentais, além dos que apresentaram
links de acesso indisponíveis no momento da coleta de dados.
A coleta de dados ocorreu em duas etapas. Na primeira delas, realizou-se uma simulação com base em busca aleatória por uma gestante, utilizando um navegador de
internet, Google Chrome, em janela anônima em um computador formatado para realização do estudo, ou seja, foi apagado totalmente o conteúdo prévio da máquina, sendo necessário reinstalar um novo sistema operacional, garantido assim que buscas realizadas previamente na máquina não influenciasse no resultado do estudo. A busca dos
sites foi realizada entre os dias primeiro e 30 de setembro de 2020.
Na segunda fase, os
sites foram avaliados segundo o seu conteúdo, sendo analisados:
blogs, reportagens da mídia e maternidade. Ressalta-se que toda a etapa de coleta de dados foi realizada por duas pesquisadoras acadêmicas de enfermagem de forma independente e supervisionadas por um enfermeiro com ampla vivência na temática da saúde da mulher.
Para a coleta de dados foi elaborado pelos pesquisadores um instrumento estruturado, com informações importantes sobre a via de nascimento, baseando-se nas indicações de cesarianas da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (CONITEC) - Diretrizes de Atenção à Gestante: a operação cesariana,
18 Amorim
et al. ,
19 Amorim
et al.
20 e Souza
et al. ,
21 que deveriam estar disponíveis de forma completa e de fácil compreensão para um indivíduo leigo na temática. Essa etapa foi finalizada em 15 de outubro de 2020. As indicações absolutas e relativas de cesarianas utilizadas para a comparação foram descritas na Tabela 1.
As inconsistências entre as avaliações das duas avaliadoras foram resolvidas juntamente com o terceiro avaliador. Além disso, foram avaliados para o público leigo a clareza das indicações de cesarianas segundo a evidência científica e a linguagem, e a adequação dos termos técnicos/científicos; e, foram categorizados como: a informação estava clara, a informação não estava clara e informação parcialmente clara para este público. Foram coletados também dados referentes ao
site como: data de publicação e atualização e, o autor.
Para análise dos dados, utilizou-se o pacote estatístico
Statistical Software for Professional (Stata), versão 16.0. Os dados foram apresentados por meio das frequências absoluta e relativa e o número de indicações de cesarianas por
site foi apresentado por média e desvio padrão (DP).
Para analisar o grau de confiabilidade das indicações de cesarianas apresentadas pelos
sites e a evidência científica,
20-23 foi realizado o índice de concordância de
Kappa de Cohen. Considerou-se concordância ruim para índices
Kappa com valores entre 0 e 0,20, fraca (entre 0,21 e 0,40), média (entre 0,41 e 0,60), boa (entre 0,61 e 0,80) e excelente ou quase perfeita (entre 0,81 e 1).
Por se tratar de dados provenientes de
sites públicos disponíveis em
sites de busca, não foi necessária a aprovação do comitê de ética para a realização da pesquisa.
ResultadosFoi avaliado o conteúdo de 300
sites, sendo excluídos 39 sites que se encontravam duplicados entre os três termos utilizados na busca. Posteriormente, foram exluidos mais 97
sites por não apresentarem as indicações de cesarianas e 107 por serem direcionados aos profissionais da saúde (
sites de instituições governamentais, artigos científicos). A amostra foi composta, portanto, por 57
sites que traziam indicações para a realização de cesarianas, apresentando uma média de indicações de cesarianas de 8,14 (DP= 4,28) indicações a cada
site (Figura 1).
Na Tabela 2, encontram-se as características dos 57
sites avaliados. A maioria (75,44%) dos
sites não possuía como autor os profissionais de saúde ou não identificava a sua profissão, sendo que quando o autor era profissional de saúde a maior prevalência (90,91%) era de médico obstetra.
Em relação às indicações de cesarianas apresentadas pelos
sites, avaliou-se 463 delas. As indicações de cesarianas absolutas apresentadas pelos
sites foram observadas 141 vezes (30,45%) e, destas, 35,46% eram indicações de cesarianas absolutas. Foram apresentadas, segundo os
sites, 32 (6,91%) indicações de cesarianas relativas e, destas, 68,75% eram indicações relativas de cesarianas. Quando os
sites não mencionavam se a indicação apresentada era indicação absoluta ou relativa de cesariana, observou-se que, em 40,74%, as indicações apresentadas não eram indicações de cesarianas (Tabela 3).
Ao se analisar as indicações de cesarianas apresentadas pelos
sites, segundo o autor, observou-se que quando o autor do site não era profissional de saúde, em 202 (61,77%) das indicações, não se relatava se eram indicações absolutas ou relativas de cesarianas. Destaca-se que 32,25% das 102 indicações absolutas de cesarianas apresentadas pelos
sites, as eram,
realmente indicações de cesarianas absolutas (Tabela 3).
Quando o autor do
site era doula, verificou-se que as informações de indicações de cesariana relativa todas (100%) as informações estavam em conformidade com as evidências científicas. Quando o autor do
site era o(a) médico(a) obstetra, em 74(68,52%) ocasiões ele não mencionou se era uma indicação de cesariana absoluta ou relativa e, destes, 35,14% não eram indicação de cesariana (Tabela 3).
Ao verificar se as redações das indicações de cesarianas apresentadas pelos
sites estariam de fácil entendimento para o público leigo, verificou-se que em 55,51% das indicações de cesarianas o texto estava parcialmente entendível para o público leigo. Quando a informação não estava entendível para o público leigo, a maioria 93,33% das indicações não eram indicações de cesariana (Tabela 3).
Por fim, foi analisado, também, o índice de concordância de
Kappa entre as indicações de cesariana apresentadas pelos
sites e a evidência científica. Observou-se concordância baixa em relação à evidência científica (
kappa=0,150) quando o site mencionava que a indicação de cesariana era absoluta ou relativa e quando o autor do site não era um profissional de saúde (
kappa=0,122). As indicações de cesariana apresentadas pelo
site apresentaram concordância média em relação à evidência cientifica (
kappa=0,502) quando as mesmas estavam de fácil entendimento para o público leigo (Tabela 4).
DiscussãoEste estudo avaliou informações sobre 463 indicações de cesarianas absolutas e relativas em 57
sites. Houve maior prevalência (62,63%) de informações de indicações que não mencionavam se as mesmas eram indicações absolutas ou relativas de cesariana, sendo que destas, 40,74% não eram de fato indicações. A via de nascimento sofre influência de fatores culturais e sociais e, a via cesariana, culturalmente, é percebida por grande parte da população leiga como a via de nascimento mais confiável e segura,
19-21 aliada a um contexto de evolução da
internet, que trouxe consigo a facilidade do acesso à informação, mas com a confiabilidade desta informação questionada.
13 Destaca-se que muitas mulheres consideram as informações obtidas pelos
sites como confiáveis e úteis, além de não discutirem essas informações obtidas com o profissional de saúde que as acompanhava durante o pré-natal.
13,17O papel da
internet para o mundo atual é imenso, ela representa para a população e para a gestante uma importante fonte de informação, barata e de fácil acesso. Estudo demonstrou que a maioria das gestantes encontrava na
internet informações sobre saúde. Ademais, as gestantes almejam receber o máximo de informações possível para ter uma sensação de confiança sobre a gravidez e o parto e, nesta necessidade, a
internet pode desempenhar um papel importante.
22Nesse sentido, emerge na sociedade contemporânea o conceito de saúde digital. Em 2019, a Organização Mundial da Saúde, elaborou a Estratégia Global de Saúde Digital (
Global Strategy on Digital Health)
23 que possui o objetivo de promover saúde para todos e em todos os lugares, além de ampliar a definição de saúde digital, uma vez que, abarca conceitos avançados da tecnologia, como por exemplo: uso de dispositivos pessoais, redes sociais, Inteligência Artificial, entre outros. Sendo assim, a saúde digital é compreendida como área que utiliza recursos de Tecnologia de Informação e Comunicação com o objetivo de produzir e disponibilizar informações confiáveis sobre o estado de saúde para as populações, profissionais de saúde e gestores públicos.
24Outro resultado deste estudo evidenciou concordância baixa entre as indicações de cesariana absoluta ou relativa apresentadas pelos
sites e a evidência científica. Sabe-se que a
internet apresenta uma evolução crescente como espaço de informação sobre saúde, entretanto deve-se questionar sobre o modo de transmissão de informação ao público leigo, comprometendo-se com características, como a confiabilidade, qualidade e compreensibilidade da informação disponível.
22,25Domingues
et al.
12 buscou compreender a trajetória das mulheres primigestas - desde a preferência inicial de parto avaliada até a via de nascimento final, e demostrou que no setor público a preferência inicial pela cesariana era de 15,5% e que a prevalência final de cesarianas foi de 15%. Entretanto, ao se avaliar a trajetória no setor público, a prevalência de preferência entre as primíparas para a via de nascimento cesariana foi de 36,1% e, ao final da trajetória dessas mulheres na gestação, a prevalência de cesariana foi de 67,7%,
12 demonstrando que as mulheres foram influenciadas a optarem por uma via de nascimento em detrimento da outra por diversos fatores, inclusive as informações obtidas por elas. As mulheres iniciaram o pré-natal com uma possível preferência pela via de nascimento escolhida, mas nem sempre mantinham esta escolha no momento do parto.
12Salienta-se que a
internet, e os profissionais da equipe multidisciplinar, poderiam ser meios e veículos de empoderamento das mulheres, pois uma mulher que conhece as reais indicações de cesariana, poderia, inclusive, argumentar com os profissionais de saúde sobre a sua indicação baseada em evidências científicas.
26-28A cirurgia cesariana, quando realizada de maneira eletiva possui piores desfechos perinatais ao se comparar com a via vaginal,
4 como: maior risco de infecção puerperal, prematuridade e mortalidade neonatal, além de contribuir para elevar o tempo de internação hospitalar.
4,29 Os resultados deste estudo ressaltam a importância da educação em saúde em especial durante o pré-natal
30, tornando esse momento um espaço de troca de saberes entre as gestantes e os profissionais pre-natalistas.
Por fim, ressalta-se que este estudo apresenta algumas limitações, a primeira delas é a utilização de somente um site de busca, apesar de ser o mais acessado pelas gestantes. Segunda limitação é a não validação do instrumento da avaliação da linguagem, adequação dos termos técnicos/científicos para o público leigos nos sites anlisados. Por fim, outra limitação diz respeito ao fato de essa pesquisa não ter incluído as mídias sociais bastante difundidas entre as gestantes e avaliar os aspectos referentes ao design dos
sites. A potencialidade desse estudo refere-se ao fato de ser, para o nosso conhecimento, o primeiro estudo que avaliou a confiabilidade de
sites sobre a informação de cesariana.
Diante do exposto, este estudo demonstrou que a confiabilidade das informações acerca das indicações absolutas e relativas de cesarianas disponíveis em
sites populares é questionável. Uma vez que foram observadas lacunas importantes das informações e demonstrou concordância baixa com a evidência científica. Entretanto, apresentaram concordância média em relação à evidência cientifica quando as indicações de cesarianas estavam de fácil entendimento para o público leigo e concordância quase perfeita em relação à evidência científica quando o autor do site era a doula.
Destaca-se a importância dos profissionais da equipe multidisciplinar, como mediadores das informações, bem como a necessidade de regulamentar a produção e divulgação de informações de saúde na
internet.
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Recebido em 25 de Abril de 2022
Versão final apresentada em 3 de Abril de 2023
Aprovado em 18 de Abril de 2023
Editor Associado: Leila Katz
Agradecimentos: Ao Grupo de Pesquisa NUPESV (Núcleo de Estudos e Pesquisa em Vacinação da Escola de Enfermagem da UFMG).
Contribuições dos autores: Silva TPR e Matozinhos FP: elaboração do artigo, análise e interpretação dos dados, escrita, revisão crítica do conteúdo e elaboração da versão final do manuscrito. Leão TLC e Rocha BMM: escrita, revisão crítica do conteúdo e elaboração da versão final do manuscrito. Araújo LA e Faria APV: revisão crítica do conteúdo e elaboração da versão final do manuscrito. Todos os autores aprovaram a versão final do artigo e declaram não haver conflito de interesse.