OBJETIVOS: descrever a frequência de estresse materno e indicadores de risco psíquico em recém-nascidos que foram expostos à unidade de terapia intensiva neonatal (UTIN).
MÉTODOS: estudo observacional, analítico, coorte, amostra de 26 participantes (13 expostos e 13 não expostos a UTIN). O estresse materno foi avaliado pelo Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp e o risco psíquico pelo IRDI (Indicadores Clínicos de Risco para o Desenvolvimento Infantil), 15 dias após a alta hospitalar e aos quatro meses de idade corrigida.
RESULTADOS: o estudo encontrou frequência de estresse de 23,1% nas mães de RN que foram expostos a UTIN e 38,5% de risco psíquico nestes bebês. Encontrou as seguintes associações: estresse materno e exposição do RN à UTIN (p=0,037); estresse materno e tempo de exposição do RN à UTIN (p=0,031); risco psíquico e prematuridade (p=0,014). Não encontrou associação entre risco psíquico e estresse materno; e não encontrou diferença na frequência de risco psíquico entre os grupos de RN.
CONCLUSÕES: a internação do RN em UTIN está associada a estresse materno, mas não a risco psíquico. A prematuridade pode causar risco psíquico. O estresse materno não apresentou associação com risco psíquico.
Palavras-chave: Estresse materno, Risco psíquico, Saúde mental materno infantil, Desenvolvimento psicológico, Recém-nascido pré-termo