RESUMO
OBJETIVOS: analisar e sintetizar evidências disponíveis sobre o efeito do consumo parental de cannabis no risco de síndrome da morte súbita do lactente (SMSL).
MÉTODOS: realizou-se revisão sistemática nas bases: Pubmed/MEDLINE, Embase, Scopus, Web of Science e Cochrane Library, desde a origem da fonte até dezembro/2023. Os descritores utilizados foram "marijuana", "cannab*", "Sudden Infant Death", "Sudden Infant Death Syndrome", "SIDS", "Crib Death" e "Cot Death". A seleção dos estudos foi realizada por dois pesquisadores de forma independente, e divergências foram definidas por um terceiro autor.
RESULTADOS: nove estudos foram incluídos, todos realizados em países desenvolvidos. Uma análise estatística correlacionando, especificamente, a SMSL com o uso de cannabis estava disponível em sete estudos, e, em quatro deles, os resultados sugeriram uma associação entre exposição e desfecho. No entanto, há limitações relacionadas a ausência de dados sobre frequência, via e intensidade do uso de cannabis, com variação entre os estudos na forma de avaliação dessa exposição, o que compromete a comparabilidade entre estudos.
CONCLUSÕES: embora haja indícios de associação entre consumo de cannabis e SMSL, as limitações metodológicas impedem inferir causalidade. São necessárias pesquisas mais robustas, que explorem mecanismos subjacentes ao uso de cannabis na gestação e pós-parto, pela mãe e pelo pai, a fim de subsidiar recomendações preventivas.
Palavras-chave:
Cannabis, Uso da maconha, Morte súbita do lactente, Saúde do lactente
ABSTRACT
OBJECTIVES: to analyze and synthesize the available evidence on the effect of parental cannabis use on the risk of sudden infant death syndrome (SIDS).
METHODS: a systematic review was conducted in PubMed/MEDLINE, Embase, Scopus, Web of Science, and the Cochrane Library, from inception to December 2023. The search terms included "marijuana," "cannab*," "Sudden Infant Death," "Sudden Infant Death Syndrome," "SIDS," "Crib Death," and "Cot Death." Study selection was performed independently by two reviewers, with disagreements resolved by a third author.
RESULTS: nine studies were included, all from developed countries. Statistical analyses specifically addressing the association between cannabis use and SIDS were available in seven studies, four of which suggested a positive association. However, limitations included the absence of detailed data on frequency, route, and intensity of cannabis use, with substantial variation in exposure assessment across studies, which hinders comparability.
CONCLUSIONS: Although there is evidence of an association between cannabis use and SIDS, methodological limitations prevent us from inferring causality. More robust research is needed to explore the mechanisms underlying cannabis use during pregnancy and postpartum by mothers and fathers in order to inform preventive recommendations.
Keywords:
Cannabis, Marijuana use, Sudden infant death, Infant health
IntroduçãoA síndrome da morte súbita do lactente (SMSL) é definida como o falecimento súbito durante o sono de qualquer criança com menos de um ano de idade que permanece inexplicável após uma investigação minuciosa do caso com revisão da história clínica, incluindo exame
post mortem e exame do local da morte, sendo caracterizada como um evento prevenível.
1 No Brasil, ainda há uma restrição de conhecimento sobre a prevalência dessa doença, principalmente pela falha no diagnóstico e na notificação. De acordo com dados do Departamento de Informática do SUS (DATASUS), foram registrados 863 óbitos por SMSL no Brasil entre 2015 e 2020.
2Os fatores de risco associados a essa doença são amplos e desafiadores. No entanto, alguns são bem estabelecidos e podem ser categorizados entre intrínsecos – como sexo masculino, prematuridade, predisposição genética e exposição pré-natal a cigarros e/ou álcool – e extrínsecos – como dormir em posições prona ou decúbito lateral, tabagismo passivo, compartilhamento de cama com os pais, excesso de roupas e mantas com superaquecimento do lactente, colchão macio, objetos macios no berço e face coberta.
3 Os fatores extrínsecos são considerados modificáveis.
Existem evidências que associam o uso de
cannabis durante a gestação com dano direto ao feto. Os efeitos nocivos comprovados são baixo peso ao nascer e ser pequeno para idade gestacional, além de associações com efeitos prejudiciais para parto prematuro e internação em unidade de terapia intensiva neonatal.
4 Em relação à SMSL, parece haver uma relação direta entre o risco aumentado de SMSL e o uso parental de
cannabis, contudo, os mecanismos subjacentes ainda não foram totalmente esclarecidos, sendo uma correlação limitada e sujeita a investigação adicional.
3,5Ainda assim, as recomendações da
American Academy of Pediatrics (AAP) para a redução do risco de SMSL destacam que se deve evitar exposição à nicotina, álcool, maconha, opioides e drogas ilícitas.
6 No Brasil, poucos estudos avaliaram o uso de
cannabis na gestação, e os dados mais recentes mostraram o uso por aproximadamente 4,2% das gestantes em uma população de baixa renda, sugerindo que essa é uma importante questão de saúde pública.
7Portanto, a presente revisão sistemática visa analisar e sintetizar as evidências disponíveis sobre o efeito do consumo parental de
cannabis no risco de SMSL, fornecendo uma perspectiva sobre o atual panorama de conhecimento nesta área. Espera-se que os resultados desta revisão contribuam para uma melhor compreensão dos fatores de risco para SMSL e informem intervenções preventivas eficazes.
MétodosEsta revisão foi conduzida de acordo
Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-analyses (PRISMA)
8 e foi registrada no
International Prospective Register of Systematic Reviews (PROSPERO) sob número CRD42024560749.
Para definir a questão norteadora, foi adotada a estratégia População (crianças até dois anos de vida), Exposição (uso parental de cannabis no período gestacional e/ou pós-natal), Comparação (ausência de exposição passiva à cannabis no período gestacional e/ou pós-natal), Desfecho (ocorrência da síndrome da morte súbita do lactente). A pergunta norteadora da pesquisa foi: "Existe associação entre exposição passiva à cannabis no período gestacional ou pós-natal e risco da síndrome da morte súbita do lactente?", sendo definida a exposição passiva como inalação da fumaça ou aerossol de cannabis queimada, ou exposição por via transplacentária.
A pesquisa foi realizada em dezembro de 2023, de forma independente por dois pesquisadores, sem restrições de período de publicação ou idioma. As bases de dados consultadas foram: Pubmed/MEDLINE, Embase, Scopus, Web of Science e Cochrane Library. A chave de busca utilizada foi: (marijuana) OR (cannab*) AND (Sudden Infant Death) OR (Sudden Infant Death Syndrome) OR (SIDS) OR (Crib Death) OR (Cot Death).
A seleção dos estudos foi realizada por dois pesquisadores com o auxílio do programa Microsoft Excel
® de forma independente e padronizada, e possíveis divergências foram definidas por um terceiro autor. Primeiro foram lidos os títulos e resumos e, em uma segunda fase, os artigos completos. Os critérios de inclusão foram: (i) estudos que avaliaram exposição à cannabis, em qualquer dose ou via, durante o período gestacional ou pós-natal, (ii) estudos que tiveram como desfecho a síndrome da morte súbita do lactente, e (iii) estudos com desenho de caso-controle, coorte ou transversal retrospectivo. Já os critérios de exclusão foram: (i) estudos com exposições ou desfechos diferentes dos determinados nos critérios de inclusão, (ii) estudos de revisão, protocolos clínicos, relatos de casos, e (iii) e estudos publicados na forma de capítulo de livro, resumo de conferências, cartas ao editor ou editoriais.
A Figura 1 traz um fluxograma da inclusão dos estudos na presente revisão.
Para a análise qualitativa, as seguintes informações foram extraídas dos estudos: autores, ano de publicação, país onde foi desenvolvida a pesquisa, desenho do estudo, quantificação da população exposta, tipo de exposição à cannabis, principais resultados e conclusões.
O risco de viés foi avaliado pelas ferramentas de avaliação crítica recomendadas pelo
The Joanna Briggs Institute (JBI), usando a lista de verificação para estudos de coorte, estudos transversais e de caso controle.
9 Essas classificações não foram usadas como critérios de exclusão dos estudos.
ResultadosUm total de nove estudos foram incluídos nesta revisão sistemática. Desses, cinco (55,6%) foram publicadas nos últimos cinco anos. Observa-se que 66,7% das pesquisas foram realizadas nos Estados Unidos, e que nenhuma delas avaliou dados de países em desenvolvimento. A Tabela 1 resume as características desses estudos.
Nos estudos incluídos na revisão sistemática, a forma de avaliação da exposição à
cannabis variou, com o uso de entrevistas, registros de prontuário e exame toxicológico. Também houve variação do momento da exposição, com possibilidade de uso na concepção, na gestação ou no período pós-natal. Informações sobre a frequência, dose e via de uso não estavam presentes nos estudos analisados. Apenas dois estudos avaliaram o consumo de
cannabis pelos pais. O uso de
cannabis medicinal não foi abordado por nenhuma das pesquisas.
Quanto ao desfecho de óbito por SMSL, os estudos utilizaram principalmente a informação de laudos de necrópsia ou de registros de prontuários. O número de óbitos por SMSL avaliados em cada estudo variou de quatro a 1549. Somados, os estudos incluídos na revisão sistemática avaliaram 3.132 óbitos por SMSL.
Uma análise estatística correlacionando, especificamente, a SMSL com o uso de cannabis estava disponível em sete dos nove estudos incluídos. Em quatro desses sete estudos, os resultados obtidos sugeriram uma associação entre exposição e desfecho. Nos outros três estudos, observa-se que, apesar de sugerir-se uma tendência de associação, os intervalos de confiança não permitem confirmá-la.
A Tabela 2 traz os resultados da análise de risco de viés dos estudos incluídos na revisão sistemática. Observa-se que os estudos incluídos na revisão cumpriram a maior parte dos requisitos para um menor risco de viés, de acordo com as escalas de avaliação empregadas.
DiscussãoDiante da análise dos estudos selecionados nesta revisão sistemática, foi demonstrado que a maior parte da literatura disponível apresentou resultados sugestivos da correlação entre o consumo parental de
cannabis e a SMSL.
Dada a crescente legalização da cannabis no mundo ocidental, o consumo tem sua prevalência aumentando a cada ano, o que envolve as mulheres em idade fértil e, consequentemente, as gestantes.
18 Dados da
US National Surveys of Drug Use and Health de 2016 e 2017 mostraram que 12% das gestantes no primeiro trimestre e cerca de 4% no segundo e terceiro trimestres relataram uso de cannabis nos últimos 30 dias.
18 Nesse mesmo inquérito, 20% das gestantes que relataram consumo de
cannabis preenchiam critérios para dependência da droga.
19O tetrahidrocanabinol (THC), o principal componente psicoativo da
cannabis, é lipofílico e atravessa facilmente a placenta, podendo se acumular no feto.
20 Estudos sugerem que a exposição pré-natal ao THC pode desregular o sistema endocanabinoide, crucial para a implantação placentária e o desenvolvimento fetal.
20 Já uma meta-análise de 2022 associou o uso de
cannabis durante a gestação a um aumento de 61% no risco de bebês pequenos para a idade gestacional, 106% no risco de baixo peso ao nascer, 28% no risco de nascimento prematuro e 38% no risco de internação em unidade de terapia intensiva neonatal.
21Considerando a relação específica entre consumo de cannabis perigestacional e risco de SMSL, o estudo de Bandoli
et al,
14 evidenciou que um diagnóstico relacionado ao uso de cannabis durante a gestação conferiu um risco 2,7 vezes maior de SMSL, incluindo ajuste para o uso materno de nicotina.
14 Já os resultados de uma nova pesquisa do mesmo grupo, em 2023, mostraram que a incidência de morte infantil no primeiro ano de vida foi maior entre aqueles com diagnóstico de transtorno por uso materno de cannabis em comparação aos sem esse diagnóstico.
17Um estudo francês avaliou a análise toxicológica post-mortem de 398 casos de lactentes que faleceram de SMSL entre 2015 e 2018. As principais substâncias isoladas foram drogas ilícitas (43%), sendo cannabis e opiáceos as principais drogas identificadas.
13 No entanto, não foi declarada a estatística específica da cannabis isoladamente, não permitindo conclusões sobre essa possível associação. De forma semelhante, o trabalho de Rosen e Johnson,
10 não avaliou a cannabis de forma individual, mas em apenas um dos casos de SMSL analisados, o lactente era filho de uma mãe com história consumo de maconha e leve abuso de álcool.
10O estudo de Klonoff-Cohen e Lam-Kruglick,
12 foi o único selecionado a analisar a influência do consumo de cannabis pelo pai na SMSL, destacando que o papel do uso paterno de drogas psicoativas é uma área pouco estudada. O consumo paterno de cannabis durante a concepção, gestação e período pós-natal, considerando fumar na presença ou perto do bebê, foi significativamente associado à SMSL na análise univariada e multivariada. Segundo os autores, este resultado pode ser atribuído à maior prevalência de homens que fumam cannabis em comparação às mulheres, bem como à maior quantidade, frequência e duração do consumo entre homens.
12Outra pesquisa, realizada nos Estados Unidos em 2021, concluiu que o uso de álcool, cocaína e cannabis durante a gestação aumenta o risco de SMSL, sendo que o uso materno de cannabis na gestação aumentou em cinco vezes o risco de SMSL.
15 No entanto, o consumo de cannabis tornou-se não significativo no modelo multivariável, considerando variáveis sociodemográficas.
15Em contrapartida, outros estudos analisados
11,13 evidenciaram que a relação entre o consumo parental de cannabis e a SMSL pode não ser tão direta assim, apresentando outros fatores correlacionados que devem ser levados em consideração. Uma pesquisa realizada na Nova Zelândia evidenciou que o uso recente de cannabis por cuidadores, quando considerado isoladamente, não foi associado de forma estatisticamente significativa com SMSL.
16 Entretanto, a exposição a fatores de risco que podem estar correlacionados, como dormir no sofá ou o uso recente de álcool e/ou outras drogas por cuidadores, se associaram a um risco significativamente aumentado de SMSL.
16O estudo de Ostrea
et al.,
11 avaliou 2.964 bebês dos Estados Unidos ao nascer quanto a exposição a diversas drogas por meio de análise de mecônio. No entanto, as taxas de mortalidade no grupo positivo para drogas, incluindo especificamente canabinóides, não foram significativamente diferentes das taxas dos grupos negativos para drogas.
11 Já em outra pesquisa na Nova Zelândia foi encontrada uma forte relação entre o consumo de cannabis desde o nascimento e a SMSL. Entretanto, após ajustes para etnia e tabagismo, as principais associações com o consumo de cannabis, o risco caiu para 1,73, e para 1,47 com todos os fatores de confusão, permanecendo significativo.
5 No entanto, os resultados sugerem que a cannabis é um fator de risco fraco para SMSL, e que o risco associado ao consumo frequente de cannabis (semanal ou mais) pelas mães é semelhante ao do tabaco (diário) e igualmente influenciado por fatores sociodemográficos.
5A AAP traz, em suas recomendações, a observação de que pais que consomem substâncias ilícitas tornam-se menos vigilantes, o que os impede de perceber prontamente situações de risco para a criança e reduz sua capacidade de despertar em caso de emergência. O risco é ainda maior em situações de cama compartilhada, nas quais o estado de alerta prejudicado pode levar a incidentes graves, como sufocamento acidental ao rolar sobre a criança.
6 Adicionalmente, esses pais podem adormecer com o lactente nos braços, aumentando o risco de quedas e sufocamentos. A alteração da lucidez, provocada pelo uso de substâncias, também predispõe a situações de negligência, como deixar objetos próximos ao rosto do bebê, posicioná-lo de maneira inadequada para dormir ou superaquecer a criança, todos fatores que podem levar à asfixia ou outros riscos fatais.
6A revisão identificou importantes limitações nos estudos disponíveis: viés geográfico pela predominância de pesquisas em países desenvolvidos; uso de indicadores pouco precisos da exposição à cannabis, muitas vezes baseados apenas em códigos de diagnóstico materno; grande variação na forma de mensurar o consumo (frequência, intensidade, via de uso), sem considerar ingestão oral ou exposição pós-natal pelo leite materno; e inconsistências na classificação da frequência de consumo, o que reduz a comparabilidade entre estudos.
Considerações finaisDe forma geral, os estudos analisados na presente revisão sistemática sugerem a possibilidade de associação entre o consumo de cannabis e o risco de SMSL. No entanto, as limitações desta revisão evidenciam a necessidade de estudos mais abrangentes sobre o uso isolado de cannabis por mães e pais e sua relação com a SMSL, com obtenção de dados mais precisos em relação à frequência, intensidade e via de uso. A maioria dos estudos concentra-se em países desenvolvidos e carece de análise adequada das variáveis socioeconômicas que influenciam os resultados. Portanto, são necessários estudos futuros que explorem os mecanismos subjacentes ao uso de cannabis na gestação e no pós-parto, tanto pela mãe quanto pelo pai, para estabelecer uma correlação mais precisa com a SMSL. Esses estudos devem replicar os achados em novos contextos e identificar variáveis mediadoras no caminho causal entre o uso de
cannabis e a mortalidade infantil. Além disso, é imperativo desenvolver intervenções eficazes para tratar o transtorno do uso de cannabis durante a gestação, bem como implementar recomendações nacionais para exames investigativos diante do registro nacional de mortalidade infantil. Isso contribuirá para uma melhor compreensão e mitigação dos riscos associados ao uso de cannabis parental e a SMSL.
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Contribuições dos autoresBignoto LLC, Fernandes PC, Bastida ACF: extração dos dados, redação do rascunho original.
Alvim VF: coordenação da execução da pesquisa, redação final do manuscrito.
Grunewald STF: concepção e coordenação da pesquisa, análise de dados, redação final do manuscrito.
Todos os autores aprovaram a versão final do artigo e declaram não haver conflito de interesse.
Disponibilidade de Dados:Todo o conjunto de dados que dá suporte aos resultados deste estudo foi publicado no próprio artigo.
Recebido em 13 de Agosto de 2024
Versão final apresentada em 15 de Setembro de 2025
Aprovado em 16 de Setembro de 2025
Editor Associado: Karla Bomfim