OBJETIVOS: investigar a associação entre o Índice de Massa Corporal (IMC) pré-gestacional e o IMC do recém-nascido (RN).
MÉTODOS: estudo de coorte, com 1365 gestantes e seus RN, participantes da pesquisa BRISA (Brazilian Ribeirão Preto and São Luís Birth Cohort Studies) em São Luís-MA. O IMC pré-gestacional foi autorreferido e o IMC do RN foi calculado por meio do peso e comprimento aferidos na ocasião do nascimento. Foi elaborado um Gráfico Acíclico Direcionado (DAG)para identificaras variáveis de ajuste. A associação entre o IMC pré-gestacional e IMC do RN foram analisados por regressão linearmúltipla e regressão de Poisson com estimativa robusta da variância.
RESULTADOS: os RN tiveram IMC ao nascer médio de 13,4 ± 1,7 kg/m
2. Na análise linear, foi observada que à medida que o IMC pré-gestacional aumenta, o IMC do RN também aumenta (ß= 0,07; IC95%= 0,05 - 0,09; p<0.001). RN de mães com excesso de peso pré-gestacional tiveram risco 3,58 vezes maior de terem excesso de peso.
CONCLUSÃO: o IMC pré-gestacional pode afetar precocemente o IMC do RN. Dessa forma, recomenda-se que mulheres que planejem engravidar considerem realizar um planejamento nutricional para a manutenção ou obtenção de um peso saudável, a fim de minimizar o risco de excesso de peso para o RN.
Palavras-chave: Estado nutricional, Índice de massa corporal, Gravidez, Recém-nascido