OBJETIVOS: verificar fatores associados ao estresse parental em Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTI Neonatal) de pequenos municípios.
MÉTODOS: estudo quantitativo transversal, com pais de recém-nascidos internados em UTI Neonatal de dois hospitais filantrópicos. Os instrumentos utilizados foram Parental Stress Scale: Neonatal ICU e Percepção do Cuidado Centrado na Família - Pais. A análise foi realizada de acordo com a natureza de distribuição das variáveis.
RESULTADOS: de 129 voluntários, 79,8% apresentaram estresse parental. As médias de estresse nos domínios “sons e imagens”, “aparência e comportamento do bebê” e “alteração no papel da mãe/pai” observadas foram, respectivamente, 1,9, 2,9 e 3,7 na Parental Stress Scale: Neonatal ICU. Houve associação significativa entre gênero dos participantes (p=0,018) e intercorrências clínicas durante a hospitalização (p=0,044) com estresse parental. Observou-se diferença nos grupos na variável “tempo de internação até o momento da coleta de dados” (p=0,011), nos domínios “respeito” (p=0,026), “colaboração” (p=0,006) e na soma total (p= 0,011) da escala Percepção do Cuidado Centrado na Família - Pais.
CONCLUSÃO: estresse parental esteve associado à alteração no papel de mãe/pai; às mães e à ocorrência de intercorrências clínicas com o bebê durante sua hospitalização.
Palavras-chave: UTI neonatal, Recém-nascido, Parentalidade, Estresse psicológico, Relações profissional-família, Assistência integral à saúde