OBJETIVOS: analisar a relação entre a amamentação na primeira hora de vida e a duração da amamentação exclusiva e continuada, bem como seu impacto na alimentação complementar.
MÉTODOS: estudo longitudinal com pares mãe-filho recrutados em dois hospitais públicos (2011–2016), com acompanhamento aos seis meses e entre três a cinco anos. As comparações de amamentação exclusiva, amamentação continuada e alimentação complementar foram realizadas utilizando o teste log-rank, curvas de Kaplan-Meier e o teste de Mann-Whitney.
RESULTADOS: um total de 352 bebês foi acompanhado, dos quais 198 (56,25%) foram amamentados na primeira hora de vida. A amamentação na primeira hora de vida foi associada à amamentação exclusiva aos dois meses (p=0,024), mas não com a amamentação continuada até um ano (p=0,183). A probabilidade de oferecer sal, açúcar e mel durante a alimentação complementar foi maior entre as crianças que não foram amamentadas na primeira hora de vida (p=0,035). No entanto, não houve diferença significativa na introdução de alimentos ultraprocessados (p=0,263), processados (p=0,162), e in natura (p=0,900).
CONCLUSÃO: a amamentação na primeira hora de vida foi associada à duração da amamentação exclusiva aos dois meses e a uma menor probabilidade de oferecer sal, açúcar e mel durante a alimentação complementar.
Palavras-chave: Amamentação, Nutrição infantil, Fenômenos fisiológicos nutricionais do lactente, Leite humano, Recém-nascido